Читать книгу O Maior Segredo - Rhonda Byrne - Страница 11
ОглавлениеDos biliões de pessoas que há no nosso planeta, apenas algumas descobriram a verdade. E essas pessoas viram-se totalmente livres das garras da desordem e da negatividade da vida e vivem imersas na paz e na felicidade permanentes. Quanto aos restantes, quer o saibamos quer não, temos andado incessantemente à procura da verdade desde o princípio dos nossos dias.
Embora este grande segredo tenha sido escrito e aludido por diversos e importantes sábios, profetas e líderes religiosos ao longo da História, a maior parte de nós ainda permanece na ignorância relativamente à maior descoberta que alguma vez poderemos fazer. Entre aqueles que partilharam a descoberta connosco contam-se Buddha, Krishna, Lao Tzu, Jesus Cristo, Yogananda, Krishnamurti, e o Dalai Lama.
Embora cada um deles enuncie ensinamentos próprios da sua época, todos referem a mesma verdade, a verdade sobre nós e sobre o mundo.
«Nalgumas religiões esta verdade expressa-se de forma menos aberta e clara do que noutras, mas ainda assim é a verdade que se encontra no âmago de cada religião.»
Michael James, em Happiness and the Art of Being
Este grande segredo está à vista de todos aqueles que o quiserem ver. Está mais próximo de nós do que a nossa própria respiração, mas mesmo assim não o vemos. As tradições ancestrais sabiam que a melhor forma de esconder um segredo é que esteja bem à vista de todos, onde ninguém se lembraria de procurar. É precisamente aí que O Maior Segredo está.
«É referido na tradição xivaísta de Caxemira como "o maior segredo, mais escondido do que o mais oculto e, ainda assim, mais evidente do que a mais evidente das coisas".»
Rupert Spira, em Being Aware of Being Aware
Ignorámos a verdade durante milhares de anos porque não olhámos para o que estava à nossa frente. Distraímo-nos com facilidade com os nossos problemas, com o drama das nossas vidas, com os altos e baixos dos acontecimentos do mundo e perdemos a maior descoberta de todas, aquela que está mesmo diante dos nossos olhos e que pode evitar o nosso sofrimento e proporcionar-nos uma felicidade infinita.
Que segredo pode ser assim tão transformador? Que descoberta única pode implicar o fim do sofrimento ou proporcionar a paz e a felicidade eternas?
Pura e simplesmente um segredo que revele quem você é verdadeiramente.
Até pode pensar que já sabe quem é, mas se pensa que é uma pessoa individual com um nome, uma certa idade, de uma raça concreta, que tem uma profissão, uma história familiar e diversas experiências de vida, vai ficar assombrado com a revelação da sua verdadeira identidade.
«A única forma de uma pessoa o ajudar é se desafiar as suas ideias.»
Anthony de Mello, S.J., em Awareness: Conversations with the Masters
Todos nós aceitámos ideias e crenças falsas ao longo das nossas vidas, ideias e crenças falsas essas que nos escravizam. Disseram-nos que o mundo tem limites, que nele abunda a escassez, que não há dinheiro, tempo, recursos, amor ou saúde suficientes. «A vida é curta», «És humano», «Tens de trabalhar no duro e batalhar para seres alguém na vida», «Os recursos estão a esgotar-se», «O mundo é uma desgraça», «Há que salvar o mundo». Quando vemos a verdade, estas mentiras desabam e a felicidade surge das ruínas.
Talvez esteja a pensar, «A minha vida corre às mil maravilhas, para que é que hei de querer saber O Maior Segredo?».
Passo a citar o maravilhoso e saudoso Anthony de Mello, S.J.: «Porque a sua vida é um caos!».
Pode discordar. Eu própria também não pensava que a minha vida fosse um caos até Anthony de Mello ter definido exatamente a sua ideia.
Alguma vez se sente angustiado? Alguma vez se sente stressado? Alguma vez se sente preocupado? Sente-se ansioso, ofendido ou magoado? Triste, em baixo ou deprimido? Nunca está infeliz ou mal-humorado? Se em algum momento experimenta algumas destas emoções, então, de acordo com Anthony de Mello, a sua vida é um caos!
Pode até pensar que é normal ser atormentado por emoções negativas ao longo do dia, mas, na realidade, a vida não deve ser assim. A vida pode ser absolutamente vivida sem dor, stresse, preocupação e medo, e ser uma felicidade contínua.
A vida mostra-nos que há um caminho para nos livrarmos do sofrimento infligido por cada circunstância da mesma, especialmente as circunstâncias mais desafiantes. Mas somos incapazes de vê-lo. Estamos perdidos nos nossos problemas, e descuramos precisamente aquilo que está à nossa frente e que seria a solução definitiva para todos esses pesares!
«Perseguimos a felicidade em experiências atrás de experiências, em relações atrás de relações, em terapias atrás de terapias, em workshops sem fim — até mesmo nos workshops "espirituais", sempre tão promissores mas que nunca abordam a causa última do sofrimento: a ignorância da nossa verdadeira natureza.»
Mooji, em White Fire, segunda edição
Sempre que sofremos é porque acreditamos em alguma coisa incerta sobre nós próprios; enganamo-nos de identidade. Todo o sofrimento da Humanidade se resume a um erro de identidade.
A verdade é que você não é uma pessoa desprovida de qualquer controlo sobre o que lhe acontece na vida. Não é uma pessoa que tenha de se escravizar até ao fim dos seus dias num trabalho que lhe desagrada. Não é uma pessoa que tenha de sobreviver com dificuldade entre ordenado e ordenado. Não é uma pessoa que tenha de se afirmar ou precise da aprovação dos outros. A verdade é que você não é, de todo, uma pessoa. Está a vivenciar a experiência de ser pessoa, mas em termos mais latos não é isso que é.
«As coisas não são o que parecem. Você não é o que julga ser.»
Jan Frazier, em The Freedom of Being
«Às vezes, centramo-nos nos sintomas da vida e descuramos a sua autêntica causa: a compreensão e o reconhecimento da nossa verdadeira natureza. Essa é que é a cura para tudo.»
Mooji
«A ignorância ou o conhecimento enganoso de quem e do que realmente somos são a única causa da infelicidade, da insatisfação e da angústia que sentimos na vida. Logo, se quisermos libertar-nos de quaisquer formas de aflição e infelicidade, temos de livrar-nos da ignorância ou da confusão relativa àquilo que verdadeiramente somos.»
Michael James, em Happiness and the Art of Being
A melhor bitola para avaliar a sua vida é o seu nível de felicidade. Qual o seu índice de felicidade? É genuína e constantemente feliz? A sua vida decorre num pano de fundo de felicidade permanente? É suposto sentir-se sempre feliz. A felicidade está em si, é a sua verdadeira natureza. É a sua essência.
«Todos procuram exatamente o mesmo neste mundo. Cada ser humano procura o mesmo, até os animais o fazem. E o que é que todos querem? A felicidade sem tristeza. Uma felicidade constante sem o mínimo laivo de tristeza.»
Lester Levenson, em Will Power (áudio)
O que norteia cada uma das nossas ações, das nossas decisões, é pensarmos que assim seremos mais felizes. Não é coincidência que todos nós persigamos a felicidade; nessa procura, sem darmos por isso, com a procura da verdade estamos é à procura de nós próprios!
É impossível encontrar a felicidade duradoura nos bens materiais. Cada coisa material aparece e acaba por desaparecer, logo, se basear a sua felicidade num objeto material, a sua felicidade desaparecerá com o desaparecimento do mesmo. Os bens materiais não têm nada de mal (são ótimos, e você merece ter tudo aquilo que quiser na vida), mas é extremamente libertador compreender que nunca se vai encontrar a felicidade duradoura neles. Se as coisas materiais nos proporcionassem felicidade, então, ao recebermos algo muito desejado, seríamos felizes para sempre. Mas essa situação não se verifica. Em vez disso, sentimos uma alegria passageira para, pouco tempo depois, estarmos de novo no ponto de partida: voltamos a desejar mais coisas na esperança de nos sentirmos felizes outra vez.
Só há uma forma de você encontrar a felicidade duradoura e permanente: compreender quem realmente é, porque a felicidade É a sua verdadeira natureza.
«O mundo é tão infeliz porque ignora o seu verdadeiro Ser. A natureza autêntica do ser humano é a felicidade, é inerente ao próprio Ser. A procura humana da felicidade é uma perseguição inconsciente do seu Eu verdadeiro… Quando alguém o consegue, encontra uma felicidade infinita, sem fim.»
Ramana Maharshi
«O único propósito de estarmos na Terra é aprender ou relembrar o nosso estado natural original, isento de limitações.»
Lester Levenson, em Will Power (áudio)
«A descoberta do nosso verdadeiro Ser tem o poder de transformar as trevas da ignorância em luz de pura compreensão. É a descoberta mais profunda, relevante e radical. É uma árvore que dá frutos de imediato. Quando nos apercebemos de quem somos, como vivenciamos e percebemos o mundo, muitas coisas farão sentido. Não há muitas coisas para saber quando o que se procura é a verdade. Não se exigem inúmeros conhecimentos, basta ter consciência de quem é, do seu autêntico Eu.»
Mooji
Ao longo dos séculos, deu-se vários nomes ao processo de relembrar quem se é verdadeiramente. Entendimento, autorrealização, autodescoberta, iluminação, despertar, lembrança. Provavelmente pensa que a «iluminação» não é para si («Sou só uma pessoa normal»). Nada mais longe da verdade. Esta descoberta — esta felicidade, esta liberdade — é o que você é, portanto, porque é que não há de ser para si?
«Abra-se à possibilidade de experimentar a verdade do que você é, neste preciso instante. Poderá perguntar: Como? Percebendo que o único obstáculo no caminho é a sua própria imaginação, a sua oposição imaginária.»
A minha professora
«Somos livres e não o sabemos. Nada nos parece mais irreal. Juraríamos estar à mercê do que corre bem e do que corre mal. Porém (eis a verdade), a liberdade está mesmo aqui.»
Jan Frazier, em The Freedom of Being
«A autorrealização tanto é possível para uma pessoa sem formação como para um rei. Não possui quaisquer pré-requisitos. A autorrealização não é unicamente própria daqueles que se submeteram a uma prática espiritual durante anos a fio; é igualmente válida para alguém que tenha passado a vida a beber e a fumar.»
David Bingham, em Conscious TV