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BENOIT MALON

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O odio destróe e espalha a guerra. Só o amor póde construir e trazer a paz. Benoit Malon era a personificação do altruismo e da bondade humana. Era um santo e um virtuoso. Ninguem o excedeu em virtude. Ninguem o egualou em abnegação e desinteresse. Por isso a sua morte pôz o lucto nos corações e encheu de afflição todas as boas almas, candidas e generosas. Elle não foi só o mestre do socialismo: foi o exemplo vivo de quanto póde a vontade, quando levada e dirigida pelo amor e pela curiosidade{15} do saber. Elle foi a encarnação da alma moderna, em lucta com o presente e crente no futuro, pondo o ideal acima dos mesquinhos interesses do mundo e as ideias e os principios acima da ganancia sórdida dos homens e das sociedades.


Ah! sim!—dizia-me, pouco tempo depois da sua morte, Aurelien Scholl, o scintillante chronista parisiense—elle foi um dos raros e um dos privilegiados d'este fim de seculo! O meu pobre amigo vinha almoçar commigo de quando em quando. Um dia a minha creada perguntou-me, se poderia aproveitar a hora do almoço, para coser o sobretudo do sr. Malon, e se elle repararia... Respondi-lhe que cosesse o sobretudo, porque o sr. Malon nem sequer daria por tal... É que elle era tão bom, tão bom—rematou Scholl—que até as creadas de servir o amavam!

Eis aqui uma narrativa que vale bem por uma biographia! E tudo quanto podessemos accrescentar a estas palavras, ao mesmo tempo tão simples e tão pittorescas, seria superfluo e inutil. Nem mais ambicionaria, por certo, o chorado e saudosissimo author do Socialismo integral!

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O Primeiro de Maio

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