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Catarina Marcelino
Vogal do Instituto de Segurança Social
Nesta obra é-nos apresentado um olhar de adultos que vivenciaram situações de perigo, enquanto crianças e jovens, tendo beneficiado da medida de promoção e proteção de acolhimento residencial, no âmbito do sistema de promoção dos direitos e proteção de crianças e jovens em perigo.
Nestes testemunhos encontramos os efeitos concretos da Proteção destas crianças e jovens, do processo de Promoção dos seus projetos de vida, da sua capacitação, do reforço e ativação das suas competências, que, por ter sido proporcionado um ambiente reparador e fomentada a criação de laços afetivos de qualidade, foram determinantes para a sua estruturação e desenvolvimento integral.
A permanência das crianças e jovens em casa de acolhimento residencial deseja-se transitória, devendo ser pelo período estritamente necessário, enquanto medida de promoção e proteção, que tem como finalidade afastar o perigo em que se encontra e salvaguardar os seus cuidados básicos essenciais de saúde, segurança, formação, educação, bem-estar e desenvolvimento integral.
Assim foi, nestas situações. E é com um enorme sentimento de “missão cumprida” que o Instituto da Segurança Social, I.P. se congratula e emociona ao ler estes relatos.
Há histórias que nos fazem acreditar.
Cecília Abecasis
Assistente social e antiga diretora
da Casa de Acolhimento
Cresceram numa casa a que chamaram sua, uma casa com alma, onde se sentiram amados e protegidos. Pertenceram a uma comunidade que os acolheu como um dos seus, que teve a sabedoria de valorizar os seus talentos e onde encontraram oportunidades de carreira e de afirmação.
Nela cresceram, estudaram, praticaram desporto, fizeram amigos e, de crianças desprotegidas, tornaram-se jovens e adultos confiantes, sempre disponíveis para os outros.
Aquela que foi a sua casa continuou sempre atenta ao seu percurso e a ela voltaram vezes sem conta, apenas para conversar, para dar notícias dos seus sucessos, para pedir conselhos, para trazer os seus filhos, para participar na Ceia de Natal! Laços que o tempo não apagou… São uns heróis!