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Capítulo Três

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Will olhava, sem ver, para o ecrã do seu computador portátil. Depois de jantar tinha ido para o seu escritório para trabalhar um pouco, como costumava fazer. Um jornal não se fechava sozinho e, visto que passava grande parte do dia em reuniões pouco produtivas, mas necessárias, era a única hora em que podia rever o correio eletrónico e trabalhar a sério. Naqueles últimos anos, o escritório e o trabalho tinham-se transformado no seu refúgio de uma relação frustrada.

No entanto, naquela noite não conseguia concentrar-se no trabalho. Não parava de pensar em Cynthia.

Tinha-a observado a percorrer o apartamento através das portas envidraçadas que separavam o seu escritório da sala. Tinha ido comprar o jantar pensando que as coisas estavam a correr bem entre eles. Mais do que bem, se tivesse em conta que ver a sua pele húmida depois do duche lhe tinha provocado uma potente e imediata reação física. Felizmente, o passeio até ao restaurante tinha feito a função de duche frio, e quando voltou a casa estava tudo sob controlo.

Tinham jantado na casa de jantar, a conversar sobre coisas várias, mas tinha-a notado nervosa. Quando o telefone tocara, tinha-se levantado de um salto, como a sua vida dependesse disso. Era Pauline, e mãe e filha tinham conversado um pouco enquanto ele levantava a mesa e ia enclausurar-se no seu escritório.

Will perguntava-se se teria percebido a sua atração por ela e isso a deixava desconfortável. Tinha mencionado a possibilidade de um futuro juntos, embora não lhe convencesse muito a ideia. Mas o seu cérebro e o seu corpo pareciam estar a seguir caminhos diferentes.

Não ficou surpreendido por ela se ter ido deitar cedo. Era o seu primeiro dia fora do hospital e era lógico que estivesse estafada. Além do desafio físico, tinha recebido muita informação sobre o seu passado, que era sempre difícil de processar.

Visto que parecia nervosa na sua presença, decidiu ir dormir para o quarto de hóspedes.

Will desligou o computador à meia-noite. Acordava às seis, mas estava habituado a dormir pouco. Haveria de dormir quando se reformasse.

Já estava vestido e a beber o seu café quando Cynthia entrou na cozinha na manhã seguinte. Tinha um pijama de seda azul escuro sob o robe e o cabelo apanhado num rabo de cavalo. Ainda tinha olhos ensonados e marcas dos lençóis no rosto. A mulher que conhecia não teria permitido que ninguém a visse assim, nem sequer ele. Saía sempre do quarto penteada e maquilhada. Will disfarçou a sua surpresa dando um gole no café. Custava-lhe habituar-se à nova Cynthia.

– Bom dia – disse ela, esfregando os olhos.

– Bom dia – respondeu ele, levantando-se para encher a sua caneca. – Queres café?

– Não, obrigada – franziu o nariz. – Experimentei no hospital e não gostei.

Will voltou para a mesa e empurrou-lhe um prato com duas torradas de pão integral.

– No armário há chá e chocolate em pó, se preferires.

Cynthia sentou-se e tirou uma torrada do prato. Parecia mais descontraída do que na noite anterior. Will, aliviado, pensou que passar algum tempo sozinha em casa talvez a ajudasse a adaptar-se.

– Odeio ter de me ir embora agora que acabaste de acordar, mas estou cheio de trabalho. Vou tentar não ficar até muito tarde.

– Trabalhas muito – comentou ela.

– Faço o que tenho que fazer – Will encolheu os ombros, levantou-se e deixou a caneca no lava-loiça. – A empregada deve vir sobre o meio dia, de modo que não vais estar sozinha. Ela vai fazer o jantar para não termos que sair. Acho que hoje é dia de estufado.

– Está bem – assentiu ela, franzindo a testa.

– O que foi?

– Acho estranho que alguém venha cozinhar e limpar para mim. Não sei porquê, mas é estranho.

– Tenho a certeza que vais habituar-te ao luxo rapidamente, especialmente quando provares as beringelas à parmesã da Anita. É uma artista na cozinha. Se precisares de alguma coisa, liga-me para o telemóvel – vestiu o casaco. – Pus uma lista de números telefones no frigorífico, incluídos os da tua família e amigos.

– Obrigada – disse ela, levantando-se para o acompanhar à porta.

– Até logo à noite – inclinou-se para dar-lhe um beijo de despedida, mas viu que ficava com os olhos esbugalhados e ficava tensa. Lembrando a sua reação ao beijo do dia anterior, pensou que era má ideia, de modo que parou, fez um gesto com a mão e saiu para o vestíbulo.

Enquanto descia no elevador, Will abanou a cabeça. Ela estava a absorvê-lo como areias movediças. Quanto mais tentasse lutar, mais se afundaria.

Cynthia ficou a olhar para a porta, mais confusa do que nunca. Tinha ficado com o coração acelerado quando pensou que ia beijá-la. O beijo da noite anterior tivera o efeito de lhe fazer querer mais. Sabia que era demasiado cedo para um romance e que os beijos só iam complicar mais as coisas. Mas não podia deixar de fantasiar com como seriam esses beijos. Bastava-lhe cheirar a sua colónia de especiarias para ficar com o pulso acelerado. Por sorte, já não estava ligada a monitores que pudessem delatar a atração que sentia por ele.

Abanou a cabeça e voltou para o quarto para se vestir. Optou por umas calças caqui, uma blusa de manga comprida cor-de-rosa e mocassins.

Voltou para a cozinha e pôs água a ferver para fazer chá. Barrou uma torrada com doce de framboesa e, depois de fazer um chá, foi explorar o seu escritório privado.

Depois do telefonema de Nigel, tinha medo do que podia encontrar. Queria enfrentar-se ao passado e pôr-lhe um fim. Sentou-se frente à mesa de vidro e inox, onde se via um buraco vazio que teria sido ocupado pelo seu portátil, destroçado no acidente. À sua volta havia revistas e pastas ordenadas e empilhadas. Desejou desarrumar um pouco. Era tudo demasiado perfeito.

À frente da mesa havia um sofá de cabedal vermelho e uma mesinha de café de vidro e inox. Nas paredes havia vários cartazes publicitários e anúncios de revistas emoldurados. Imaginava que seriam campanhas desenhadas por ela. A sua família tinha-lhe dito que era sócia de uma bem-sucedida agência de publicidade da Madison Avenue.

Ficou ansiosa ao perceber que não se lembrava nem das imagens nem das estratégias de marketing que as teriam inspirado. Só pensou que gostava do vestido de uma das modelos.

Sem quaisquer memórias, ia precisar de uma nova carreira, e depressa. Sobretudo se Will se fosse embora, como tinha planeado inicialmente; e se o tivesse magoado tanto como ele dizia, não poderia culpá-lo por isso. Falar com Nigel tinha-lhe demonstrado que queria tentar de novo com Will. Queria que ele ficasse e não só pela questão financeira.

No entanto, saber que ele tinha um pé na porta não a motivava a investir muito na relação. Dessa vez podia ser ela a acabar ferida.

Começou a folhear um documento sobre campanhas e clientes, em parte por curiosidade, em parte na esperança de se lembrar de alguma coisa. Mas nem sequer percebia a linguagem publicitária, de modo que o pôs de lado.

Abriu uma gaveta da mesa. Na parte da frente havia material de escritório, na parte de trás um monte de envelopes. Cynthia tirou-os e viu que eram dirigidos a ela. Alguns carimbos dos correios eram de há quase um ano.

Escolheu o mais antigo, tirou a carta e começou a ler. Era uma carta de amor de Nigel, manuscrita, em que lhe explicava que o correio eletrónico lhe parecia frio e impessoal e preferia escrever-lhe em papel. Imaginou que teria guardado as cartas pelo seu valor sentimental.

Cynthia suspirou. Sabia que tivera uma aventura, mas ter que enfrentar à evidência desconcertava-a. Descobriu que ele era um artista que tentava vingar, que o tinha conhecido numa galeria de arte. Depois, tinham combinado para almoçar, passado fins de semana juntos alegando viagens de negócios e aproveitado as longas horas de trabalho de Will vendo-se, inclusive, ali em casa.

As cartas eram mais românticas do que esperava. Não sabia o que ela lhe tinha respondido, mas pareciam apaixonados. A história não encaixava minimamente com o que lhe diziam de si mesma. Como é que uma miúda rica da alta sociedade podia apaixonar-se por um artista pobretanas do Bronx? Teria estado a usar Nigel, ou teria vergonha de aparecer com ele em público? A sua família nunca aprovaria a relação. Perguntou-se se pretenderia ter o melhor dos dois mundos sendo amante de Nigel e casando com Will.

Cynthia sentiu náuseas. Já não queria lembrar a verdade da sua vida passada, queria erradicá-la.

Pôs as cartas num monte e continuou a vasculhar. Todo e qualquer registo digital da sua relação tinha desaparecido com o seu telemóvel e o seu computador portátil no acidente. Quando substituísse o equipamento, purgaria qualquer coisa que tivesse ficado nas suas contas e pediria um novo número de telemóvel, desconhecido para Nigel. Num dossier encontrou uma pasta com cartões do Dia dos Namorados e de aniversários, nenhum deles era de Will. Acrescentou-os ao monte, junto com algumas fotos de Cynthia com um homem loiro que não reconhecia. Pareciam estar muito melosos, de modo que decidiu livrar-se delas.

Quando Anita chegou, Cynthia tinha um monte de coisas para destruir. Saiu para cumprimentar a mulher cheiinha e com o cabelo grisalho, que já estava a limpar o pó na sala.

– Senhorita Dempsey – a mulher sorriu, ainda que não com muito carinho. – Fico contente por vê-la de volta a casa. Vou tentar não a incomodar.

– Por favor, chame-me Cynthia – disse ela. Pelos visto a empregada também não gostava muito dela. – E não me incomoda nada, é bom ter cá mais alguém. Se puder ajudar com alguma coisa, diga-me. Não gosto de estar sentada enquanto trabalha.

– Obrigada, senhorita Dempsey – Anita tentou disfarçar a sua surpresa, sem sucesso. – Precisa de alguma coisa?

– Tenho frio. Gostaria de me deitar no sofá com um livro. Seria possível acender a lareira? – perguntou. O fogo era a melhor maneira de se livrar do que não queria.

Nesse sábado esteve um dia muito agradável. A temperatura rondava os vinte graus. Will tinha começado a manhã a trabalhar no seu escritório, mas sentiu-se culpado ao ver a Cynthia a percorrer o apartamento sem rumo.

Antes do acidente, tinha adquirido o hábito de se concentrar no trabalho para evitá-la mas, pela primeira vez em muitos meses, tinha vontade de passar mais tempo com ela. Atraía-o demasiado.

Fechou o computador e saiu do escritório. Encontrou-a no sofá, com um romance na mão.

– O que estás a ler? – perguntou.

– Um livro que comprei ontem na loja da esquina. Estou a adorar.

Will assentiu, tentando disfarçar a sua surpresa. Sabia que Cynthia se preocupava quando percebia que estava a fazer alguma coisa fora do normal. Ele preferia que não se apercebesse das diferenças; até porque gostava mais da nova Cynthia do que a de antes.

– Está um dia lindo. Apetece-te sair e ir dar uma volta pelo parque? – Will sentiu-se ainda mais culpado ao ver que o rosto dela se iluminava como o de uma criança com um gelado.

– Tenho de mudar de roupa? – perguntou Cynthia.

Will não tinha reparado no que tinha vestido. Outra surpresa: calças de ganga escuras e justas, botins cinzentos e uma suave camisola cinzenta que lhe caía sob das ancas. Em cima tinha posto um cinto cor-de-rosa escuro e ainda tinha umas pulseiras largas a combinar.

– Caramba, cor-de-rosa – comentou ele.

– Decidido que o cor-de-rosa é a minha cor favorita – disse ela, acariciando o cinto. – Gostas?

Cynthia tinha comprado aquele cinto só para uma festa benéfica de estilo anos oitenta mas, de repente, parecia adorar. Era óbvio que desfrutava a combinar peças de roupa. Tinha o cabelo solto e ondulado e o rosto sem maquilhagem. Estava linda.

– Estás bem assim. Consegues andar com essas botas?

– Acho que sim – levantou-se e deu uns passos. – São muito confortáveis e estou bem mais forte graças aos meus passeios diários.

Will tirou um casaco leve do armário e saíram. Desceram de elevador e cumprimentaram o porteiro, que lhes abriu a porta.

Não demoraram a chegar ao Central Park e a ficarem rodeados pelo bosque de vermelhos, laranjas e dourados outonais. O outono em Manhattan sempre fora a época favorita de Will.

– Adoro o outono – disse Cynthia. – Acho que esta é a minha época favorita do ano... Mas como não me lembro muita das outras três estações, vou reservar-me a decisão, por enquanto.

Will sorriu e tirou o telemóvel, que já tinha tocado várias vezes desde que tinham saído de casa. Começou a ler as mensagens, mas não demorou a sentir Cynthia a puxar-lhe do braço.

– Vamos ver se gosto dos cachorros quentes – disse, apontando para uns carrinhos.

Will fechou o telemóvel. O entusiasmo dela por uma coisa tão simples como um carrinho de cachorros quentes era contagiante, de modo que decidiu acompanhá-la.

Pediram dois refrescos e dois cachorros. Ele com chucrute e mostarda; ela com ketchup, mostarda e cornichons. Procuraram um banco e sentaram-se para saborear o seu almoço.

Tinha comido metade do seu cachorro quando olhou para Cynthia e viu que ela já tinha acabado e estava a limpar o canto da boca.

– Queres outro? – ofereceu-lhe.

– Não – abanou a cabeça e deu um gole no refresco. – Era a quantidade certa. Há um milhão de coisas que tenho que experimentar para saber se gosto. Vou engordar cinco quilos se não tiver cuidado.

Will observou que a sua expressão se tornava sombria e pensativa. Em silêncio, acabou o seu cachorro.

– Em que estás a pensar? – perguntou, finalmente.

– Penso na confusão em que estou metida – Cynthia suspirou. – Daqui a umas semanas se calhar já te foste embora... E não me parece que possa voltar ao meu antigo trabalho se não recuperar a memória. Até há uns minutos nem sequer sabia se gostava de cachorros de quentes. O que é que vou fazer?

Ele também tinha pensado nisso enquanto ela estava no hospital. Era uma sorte que não tivesse que preocupar-se pela sua situação financeira.

– Mesmo que não te lembres, tens um fundo de investimentos e uma boa carteira de ações. Podes viver bem durante muito tempo.

– Mas vou dar em doida naquele andar, sem nada para fazer. Sobretudo se ficar ali sozinha.

Will notou como olhava para ele ao o dizer aquilo. Não queria que ele se fosse embora. E ele também não queria ir. Cynthia precisava de sentir-se segura e, só então, ele saberia que queria que ficasse pelos motivos certos.

– Falei com o teu chefe, o Ed. Ele compreende as circunstâncias e quando estiveres bem, poderás voltar, se quiseres. Também podes trabalhar para o teu pai.

– A fazer o quê? Não percebo nada dessas coisas técnicas. Não quero cobrar um salário para passar o tempo a jogar solitário na Corporação Dempsey, só porque sou a filha do chefe.

– Podes dar-te ao luxo de tentar alguma coisa nova – disse ele, admirando-a por não aceitar o caminho mais fácil. – Tens um mar de oportunidades. Há alguma coisa que te interesse?

– A roupa – respondeu ela depois do pensar um pouco. – A roupa é a única coisa que me chama a atenção... Combinar peças, as linhas de um casaco ou a textura de um tecido. Mas não sei o que poderia fazer por aí.

– Gostavas de tentar desenhar roupa? Ou ser estilista de moda?

– Achas que desenhar roupa é uma opção? – Cynthia abriu os seus olhos verdes. – É muito interessante, mas talvez não tenha jeito para isso.

– Vamos comprar papel e lápis de cores, e vamos ver o que te sai. Não tens por que ser o próximo Versace, mas podes experimentar e divertir-te.

Ela esboçou um sorriso e atirou-lhe os braços ao pescoço. O abraço surpreendeu-o, mas não se afastou. Atraiu-a para si e captou o seu aroma: uma mistura de champô floral, perfume e pele quente. O seu corpo reagiu, excitando-se.

Era a mulher com quem se tinha comprometido e que o tinha traído mas, de súbito, aquela que tinha à sua frente era uma mulher diferente. Intrigava-o e excitava-o mais que ninguém em toda a sua vida. Não tinha que ser mau continuar com ela por mais um tempo, desde que protegesse o seu coração para evitar o desastre. Se as coisas corressem mal, ou ela recuperasse a memória, ia-se embora. E se a relação durasse o suficiente para satisfazer George Dempsey, a sua empresa iria beneficiar muito. Nada a perder e muito a ganhar.

Cynthia afastou-se um pouco e pôs a cabeça para trás para olhar para ele. Parecia muito emocionada com a ideia de desenhar, mas a sua expressão mudou quando o olhou nos olhos. A julgar pela sua respiração ofegante e pela forma como abriu os lábios, ela parecia sentir a mesma atração que ele. Queria que a beijasse.

E ele queria fazê-lo. Queria saber como o afetaria. Que sons emitiria. Como se iria sentir nos seus braços... De modo que, deixando que a curiosidade e o corpo ganhassem a batalha, inclinou-se sobre ela e capturou os seus lábios. A ligação foi imediata. Um arrepio percorreu-lhe as costas e atraiu-a mais. Não era um beijo de teste, era um beijo muito real.

As suas línguas encontraram-se e ele perdeu-se em inesperadas sensações de seda e mel. Ela gemeu contra a sua boca, um som suave e feminino que lhe provocou uma reação intensa e primária. Nunca se tinha sentido tão excitado com um beijo.

Tudo nela, desde o contato da sua mão ao toque do seu cabelo nas faces, lhe deixaram o sangue a ferver. Notava inocência e doçura; ela rendia-se aos seus desejos e urgia-o a fazer o mesmo. Teve de fazer um grande esforço para não pegar nela ao colo, levá-la de volta a casa e reclamá-la como sua.

Interrompeu o beijo, mas não a largou; ficaram quietos e colados. Will pensava que não podia ceder o controlo ao seu ventre, que tinha que agir com cabeça, ou então iria estragar tudo...

O toque do seu telemóvel interrompeu-o. Cynthia alisou a roupa, ele olhou para o ecrã e depois de se desculpar, atendeu o telefonema.

– Vamos comprar esse material de desenho – sugeriu ele, depois de desligar o telefone.

Deitaram os guardanapos e as caixas vazias num caixote próximo e saíram do parque.

Enquanto andavam, sentiu que os dedos de Cynthia procuravam os seus. Ele não se lembrava de andar de mão dada com uma miúda desde os tempos de liceu mas, depois de uma breve hesitação, agarrou na pequena mão dela, contente com esse detalhe.

A cada passo que davam, a sua atração pela mulher fascinante a quem se recusava a amar aumentava.

Memórias ocultas - Perseguindo os sonhos

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