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NOVE

AS LUZES ainda estavam desligadas quando o aquecedor ligou. Deitei na cama ouvindo o ar passar pelas aberturas e esperei até que estivesse quente o suficiente para tirar meu casaco.

Você pensaria que depois de ficar sem calças enquanto rastejava para fora do ar frio da noite e entrava em minha própria casa, eu estaria… espere um segundo.

Quarta-feira.

Toda vez que eu pensava que minha humilhação havia acabado por esta semana… só que não. Eu tinha certeza que a calcinha que eu estava usando era azul escura com um dia da semana em amarelo brilhante na bunda.

Obviamente, devo estar usando o dia errado.

Eu me virei perseguindo meu próprio traseiro por um momento antes de desistir e me olhar no espelho.

É claro.

Eu estava vestindo terça-feira.

Fiquei ouvindo o barulho do aquecedor, me sentindo dividida entre a gratidão por nunca ter que encarar o policial Darby novamente e nojinho de mim mesma por desejar ter que encarar o policial Darby novamente. Você sabe, apenas para olhar para ele. Foi bom ver um cara que parecia um cara. Aposto que o Policial Darby não tinha um suéter de cashmere.

Mas, um policial? Tipo, o estereótipo do macho alfa controlador.

Não, dispenso.

Para ser justa, ele lidou com as situações com os dois homens mais loucos que já conheci com facilidade e humor. Ambas eram qualidades que eu percebi que faltavam na minha vida. Não que eu precisasse de um herói… quero dizer, um cuidador.

Sei lá.

Quando as luzes voltaram, concentrei-me no que precisava ser feito, empacotando o que restava das minhas coisas e separando só o que precisaria para o dia seguinte.

Quando guardei os últimos itens, o ambiente estéril perdeu qualquer pequena quantidade de charme que eu consegui colocar nele. Mudar-se para o divino refúgio de Ben seria um grande upgrade no fator de charme.

Lentamente, quase como se estivesse saboreando a última noite ali, caí no sono, feliz por estar sozinha e não precisar lidar com as emoções de mais ninguém. Eu não tinha percebido o quanto eu tive que fazer isso. Jason era temperamental e crítico, e provavelmente simplesmente louco, mas nada disso tinha sido óbvio para mim... até agora.

Tentei afastar a sensação de estupidez. Mas, fazendo uma retrospectiva, tudo ficou claro. Muito claro.

Todas as inseguranças que me levaram a namorar Jason: estar sozinha em uma cidade estranha logo após a faculdade, um novo emprego, um cara mais velho tomando você sob sua proteção, até as razões pelas quais eu fiquei com ele, era o que eu conhecia.

Depois de um dia como uma garota solteira na cidade, senti algo que eu não sabia que tinha perdido. Uma leveza de ser. Uma ausência de preocupação em equilibrar e explicar e suavizar tudo o que acontece ao meu redor.

Estava mais do que feliz com as minhas novas condições. Eu estava contente. O tipo de contentamento que perdurava.

E eu tinha que agradecer a uma pessoa por todo aquele contentamento recém-descoberto: Jason.

Eu estava cega, mas ele arrancou as minhas vendas e me empurrou para o mundo. E era um mundo muito melhor sem ele, mesmo se eu tivesse basicamente mostrado a calcinha a um policial.

A Garota Que Se Permite

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