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CINCO

— EU DEVIA TER ADIVINHADO que vocês acabariam se esbarrando. — A voz de John cortou a música que eu coloquei para tocar no fone para abafar meus pensamentos. Não havia nada como um pouco de Jason Aldean para te animar quando você não queria pensar na vida. Eu estava ignorando que o nome dele era Jason e me concentrando na parte Deus do Country Rock da equação.

Puxei meus fones de ouvido e olhei para ele encostado na ponta do braço da cadeira de Jenna.

— Quem?

Se essa fosse outra tentativa de me dizer como conhecer homens, eu teria que reconsiderar vir para cá, mocha ou não.

— Você e Jenna. Jenna é justamente a pessoa que precisamos perguntar sobre o apartamento.

Eu me virei para a adorável elfa meio escondida atrás da tela de 17 polegadas de seu notebook.

— Você está se mudando?

Sua alegria pareceu diminuir um pouco quando ela balançou a cabeça.

— Não eu. Ben está indo para Londres por um ano e estava pensando em sublocar seu apartamento.

Uau! De certa forma, isso era pior do que levar um fora. Pelo menos eu poderia superar meu ex-idiota. Eu senti que já estava quase lá. Mas, se alguém que eu realmente amasse estivesse indo embora por doze meses… Sim, isso seria um tanto merda. Muita merda.

— Então, ele está apenas querendo sublocá-lo?

Jenna acenou com a cabeça. — Talvez. Ele não tem certeza. A empresa está pagando pela casa dele em Londres, então não é como se ele estivesse saindo no prejuízo. Mas faz sentido ter alguém lá.

Pensei no bairro excessivamente charmoso em que estávamos e em minha falta de dinheiro para bancar tal charme.

— Fica aqui perto? Provavelmente não posso pagar nada neste bairro. — Eu estava ficando cansada da minha própria história de desgraça neste momento. — Eu perdi meu emprego e deveria ir morar com meu namorado, agora ex-namorado, neste fim de semana, então, o aluguel vai ser apertado. Tenho cinco semanas de compensação do trabalho e algumas economias, mas não quero acabar em uma situação ruim em termos de dinheiro.

— Bem, ele vai passar aqui esta tarde. Podemos perguntar o que ele está pensando em cobrar quando ele chegar aqui. Você tem muitos móveis?

— A partir de amanhã? — Eu não conseguia acreditar na situação que fui parar. Que eu permiti que Jason me jogasse. — Basicamente nada.

Jenna e John olharam para mim como se eu tivesse acabado de dizer a eles que fui forçada a colocar meu cachorro para dormir… Você sabe, aquele que eu não tenho e que urinou no meu tapete que não é mais meu.

— É uma longa história — expliquei, esperando não ter que explicar. — Cheia de tristeza e muito site de vendas.

— Certo. — Jenna pegou o celular e estava enviando uma série de mensagens de texto antes mesmo de me responder.

— Então, Kasey. Qual é o plano? — perguntou John, se acomodando na cadeira ao lado de Jenna e tomando um gole de qualquer coisa que cheirava deliciosamente em sua xícara.

— O plano?

— O plano colocando-a-vida-de-volta-nos-trilhos.

Ah… esse plano.

Pensei em evitar a pergunta, mas como hoje era meu primeiro dia oficial como freelancer, provavelmente deveria compartilhar isso.

— Estou começando meu próprio negócio.

— Sério? — Ele pareceu um pouco preocupado. O que, sendo ele um empresário, achei irônico. E preocupante.

— Pois é. Sou designer gráfico. Eu já fiz uma tonelada de campanhas de marketing. Achei que a melhor opção era começar a fazer isso sozinha e trabalhar com uma base de clientes menor do que executar grandes projetos corporativos. Além da coisa toda de: perdi meu emprego.

Jenna olhou para cima, me estudando. Pela primeira vez, vi nela alguém que não era esquisita. Alguém que sabia o que estava fazendo.

— Você tem alguma amostra do seu trabalho?

Droga! Amostras. Eu não tinha chegado tão longe.

— Estou fazendo algumas análises de mercado primeiro para ver em que grupos e clientes avulsos provavelmente estão interessados e são capazes de pagar. Mas, se você estiver curiosa… — Eu rabisquei cinco dos últimos sites que fiz em conjunto com um plano de marketing. — Eu fiz o argumento de venda e acompanhei todos esses projetos.

Jenna pegou o papel e digitou o primeiro. Eu a observei, seu nariz franzido, olhos focados, enquanto ela rolava pela página do primeiro site.

— Quanta liberdade criativa eles lhe deram?

— Depende do cliente. Às vezes, eles não têm ideia do que querem. Às vezes, eles têm só uma visão. — Eu sorri, pensando em meu último trabalho com um advogado que pensava que era um artista desperdiçado. — Ocasionalmente, a visão que eles têm do projeto é possível de fazer. Sempre faço um questionário com os meus clientes de qualquer maneira, o que ajuda a esclarecer as coisas de ambos os lados.

Eu rabisquei questionário na minha lista de tarefas. Era melhor eu já tê-los prontos. E cartões de visita. E meu próprio site. E uma marca. Você sabe, nada que consome muito tempo.

Fiz mentalmente a matemática do quanto-dinheiro-tinha-em-minha-conta, feliz por poder fazer o trabalho sozinha agora.

Jenna assentiu novamente. — Deixe-me olhar. Posso ter mais algumas perguntas.

Olhei para John, sem saber o que estava acontecendo, mas muito feliz. Se eu estivesse interpretando bem a situação, talvez tivesse a minha primeira cliente.

— Vocês, senhoritas, aproveitem as bebidas. — Ele se levantou, balançando sua caneca vazia enquanto caminhava. — Eu tenho que ir tocar o barco.

Um olhar de volta para Jenna me mostrou que eu deveria deixá-la em paz. Uma coisa que aprendi trabalhando em um ambiente corporativo era quando deixar o cliente pensar.

E, se eu fosse ter um cliente, tinha algumas coisas para fazer antes. Olhei para minha lista de tarefas fingindo que tudo aquilo poderia ser feito em uma tarde. Afinal, a ignorância, mesmo no estilo negação, era uma bênção.

A Garota Que Se Permite

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