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Capítulo Quatro

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“Claro, você pode pilotar a Dragonfly,” Sparks disse. “Apenas fique de olho no vento.”

“Certo.” Jai Li observou as correntes por um momento. “Vento agora vem do sudoeste, vinte quilômetros por hora.” Ela olhou para Sparks, levantando as sobrancelhas. “Eu voo perto da água e viro um pouco para esquerda?”

Sparks fez que sim, e deu um passo para longe da aeronave. “Está chegando, Caubói,” ele disse no comunicador.

“Ele nos viu,” Sarge disse para Karina, que estava com ele na proa do navio. “Dois caras… não, três caras no convés, apertando os olhos.”

Ele observou o barco indo na direção deles.

“Os homens estão se apressando para mudar a vela,” Sarge disse. “Virando para o leste.”

“Estamos com uma cara bem assutadora, né?” Karina disse.

“É.” Sarge abaixou o binóculos, mas manteve os olhos no barco. “Provavelmente é isso.”

A frota da Sétima navegava para o norte, subindo o Mar Adriático, mantendo a costa ao leste à vista mas ficando longe das rochas e dos cardumes.

Quando o vento sazonal que soprava forte do sudoeste, Lebic, parou no meio do dia, os remadores foram colocados para trabalhar.

Isso não foi um evento indesejado. Os homens, e algumas mulheres, ficaram felizes com a mudança de ritmo depois de dois dias treinado os braços.

* * * * *

“Nós temos companhia,” Apache disse em seu microfone.

Ainda não havia amanhecido, mas o horizonte ao leste estava se pintando de rosa e lavanda sobre um calmo mar azul.

“Onde?” Sarge perguntou.

“Sudeste, vinte quilômetros.”

“Parece que o barquinho de pesca está de volta,” Sarge disse.

“E ele trouxe todos os colegas pescadores,” Caubói disse.

“Meu Deus do céu!” Sarge exclamou. “Estou vendo quinze, dezesseis... não, merda, vinte e cinco!”

A linha de navios estava apenas emergindo do obscuro amanhecer.


Navios de guerra gregos

“É,” Apache disse. “E quatro deles são maiores que os nossos Cinco.”

“Postos de combate, pessoal,” Sarge disse. “Eu não acho que eles estão planejando fazer um concurso de pescaria.”

“Espero que eles estejam convidando a gente para um concurso de combate.” Kady veio para frente, ficando ao lado de Sarge.

“Talvez você ganhe o que deseja, Hotshot.” Sarge analisou os convés dos navios. “Parece que eles estão se preparando para batalha.”

“Armas?” Kady perguntou.

“Espadas e lanças com certeza. Talvez alguns arqueiros, também.” Ele abaixou o binóculos. “Karina.”

“Sim, Sarge,” Karina respondeu no comunicador.

“Alguma coisa sobre armamento nos nossos livros de história?”

“Fogo grego pode ser de interesse,” Karina disse.

“O que é isso?” Kady perguntou.

“É tipo um lança chamas.”

“Alcance?” Sarge perguntou.

“Não mais do que vinte metros.”

“Mas do que é feito?” Kady perguntou.

“Provavelmente nafta ou óxido de cálcio, pressurizado por calor, depois ativado no bocal com algum material combustível.”

“Kawalski,” Sarge chamou no comunicador. “Prepare o Little Boy para ação.”

“Estamos trabalhando nisso,” Caubói respondeu.

“Vamos alinhar nossos navios lado a lado,” Sarge disse. “Quero rifles nas gáveas e arqueiros na proa de cada navio.”

Várias pessoas responderam.

Logo a frota da Sétima estava alinhada, da esquerda à direita, com os dois Cinco no centro e os doze Três divididos nos dois lados.

“E se a gente simplesmente expulsar eles da água com o trabuco do Caubói?” Kady perguntou.

“Eles podem ser amigáveis,” Sarge disse.

“Claro. Eles só querem parar a gente para conversar um pouco sobre o tempo.”

“Segurem o fogo, todo mundo,” Sarge disse. “Deixem que eles façam o primeiro movimento.”

Todos os quatorze navios da Sétima tinham pelo menos uma pessoa com um capacete, então Sarge tinha linhas de comunicação com todos.

“Sarge,” Karina disse. “Binóculos.”

Ele os esticou para ela.

Ela estudou os barcos por um momento. “Hoplitas,” ela sussurrou.

“O quê?”

“Soldados gregos hoplitas, iguais àqueles usados na Batalha das Termópilas em 480 a.C., contra os Persas. Guerreiros muito formidáveis. Se eles chegarem perto o suficiente para subir nos nossos navios, estamos ferrados. Parece que tem cem ou mais soldados em cada um dos navios grandes.”

“Você consegue ver arqueiros?” Sarge perguntou.

“Sim. Eles estão formando uma linha ao longo da borda.”

“Homens com rifle,” Sarge disse. “Segurem o fogo até que eles nos ataquem. Então mirem primeiro nos timoneiros. Depois deles, atirem em qualquer um que pareça estar dando ordens.”

“E nós, as mulheres com rifle?” Kady perguntou no comunicador.

“É, vocês também.”

“Eles estão fazendo uma fogueira embaixo de um lança-chamas naquele primeiro navio,” Karina disse.

“Lá vem!” alguém gritou.

Todos se abaixaram conforme a leva de flechas arqueava pela água em direção aos navios da Sétima.

Centenas de flechas atingiram o convés e os mastros.

“Abrir fogo!” Sarge gritou. “Kawalski, mire no navio mais próximo.”

Caubói puxou a corda do gatilho no Little Boy, fazendo voar um rochedo de cento e trinta quilos em direção aos gregos.

Como o seu navio balançava e se movia para frente, e os alvos estavam se movendo também, Kawalski não tinha como mirar com o trabuco. Tudo que ele podia fazer era carregar e atirar as enormes rochas o mais rápido possível.

Sua primeira rocha atingiu a água cem metros a esquerda do grande navio grego.


Sargento Mestre David ‘Caubói’ Kawalski

Sob uma chuva de flechas, Caubói soltou seu segundo tiro. Ele atingiu o convés de um navio grego menor, esmagando as pranchas de carvalho, chegando até o segundo convés, e fazendo um buraco no fundo.

A água começou a se infiltrar rapidamente. E o navio começou a se inclinar a estibordo conforme a tripulação e os soldados pulavam da borda.

Se os soldados não conseguissem sair das pesadas armaduras assim que atingissem a água, estariam fadados a se afogarem.

Os rifles das gáveas atingiram os comandantes e os timeiros, mas os dezessete navios de guerra gregos que restavam continuavam a atacar.

Um navio que avançava atirou um lança-chamas, fazendo com que um dos navios menores da Sétima, o Viminal,pegasse fogo.

Kady e Joaquin, junto com a tripulação no navio, lutaram contra as chamas enquanto os gregos jogavam cortas com ganchos no convés do Viminal. Puxando as cordas com força, os soldados gregos juntaram os dois navios.

Os hoplitas invadiram o barco e dominaram a tripulação do Viminal.

Os tripulantes tinham espadas, mas não tinham escudos ou armaduras.

Os ferozes hoplitas cortaram os homens como feixes de trigo a serem colhidos no verão.

Kady e Joaquin deixaram o convés em chamas para encarar os hoplitas.

Eles usavam uniformes camuflados novos e mais leves, feitos pelas costureiras, com o colete por cima. Estavam armados com pistolas e espadas.

Kady esvaziou sua pistola e levou a mão ao cinto para pegar outro carregador.

Joaquin foi atingido pelas costas. A espada arrebentou a correia do seu capacete, que saiu voando.

Ele se virou e atirou na cara do hoplita. Quando outro homem com uma espada veio correndo em sua direção, ele atirou novamente. A bala o atingiu seu peito, levando-o ao chão.

Uma espada atingiu a pistola de Kady antes que ela pudesse recarregar. Sua arma caiu no convés e saiu rolando.

Enquanto isso, o atacante empurrou sua espada em direção ao coração dela. A lâmina penetrou uma fração de centímetro em seu colete. Ele puxou a espada de volta, e então fez um giro com a perna tentando derrubá-la pelos pés.

Ela caiu no convés, mas rolou no chão e se levantou com um joelho. Sacando sua espada, ela conseguiu bloquear a espada dele que vinha em direção à sua cabeça. Segurando a espada sobre a cabeça, enquanto ele empurrava para baixo, ela agarrou sua adaga e cortou o tendão no joelho do homem.

O hoplita gritou e caiu no chão.

Kady se levantou e empurrou sua espada pela borda da armadura e para dentro do coração dele antes que ele pudesse se recuperar.

Ela girou ao redor, olhando em volta, tentando recuperar o rumo. Vendo dois homens atacarem Joaquin, ela correu até ele e atacou um dos hoplitas.

O soldado girou a espada em direção ao estômago dela.

Ela se esquivou e, com as duas mãos no punhal da sua espada, a levou até o pulso dele.

A espada dele caiu, tintilando pelo convés.

Kady então abaixou a espada com força, abrindo a garganta do homem.

O soldado caiu, engasgando em seu próprio sangue.

Ela respirou fundo e se voltou para o outro soldado que atacava Joaquin.

Levando sua espada até o pescoço dele, abriu as duas veias jugulares.

O homem cambaleou para trás, agarrando sua garganta com o sangue jorrando entre os dedos.

Joaquin foi atingido na cabeça e caiu para trás.

Kady deu um passo por cima do colega, com seus pés ao lado dos ombros dele. Ela ergueu a espada para bloquear o golpe de um machado sangrento.

O machado bateu no punho da sua espada.

Ela girou a espada para os lados, desequilibrando o homem. Enquanto ele cambaleava, ela deu um golpe em sua barriga com a adaga.

Outro hoplita veio até ela, balançando a espada.

Kady saiu de perto de Joaquin para lidar com o soldado.

O homem ia dar um golpe no estômago dela, mas sua cabeça de repente se torceu para o lado, e ele caiu com uma ferida aberta na lateral da sua cabeça.

Ela se virou para ver de onde o tiro tinha vindo e viuSarge na gávea do Palatino, a duzentos metros de distância.

Ela o cumprimentou com sua espada, e em seguida se ajoelhou ao lado de Joaquin. Virando ele de lado, ela pressionou os dedos em seu pescoço. Kady sentiu um pulso firme, mas ele tinha um corte no lado da cabeça.

Mais tiros vieram do rifle do Sarge, atingindo mais cinco hoplitas.

Vendo seus companheiros sendo abatidos pelas balas, os seis atacantes que restavam soltaram suas espadas e se renderam.

Kady gritou para dois dos tripulantes, pedindo por ajuda. Junto com ela, eles correram para apagar o fogo na proa do navio.

Kawalski atirou outro rochedo. A rocha fez um arco por cima de um dos grandes navios e caiu no mar.

Conforme os dois maiores navios se aproximavam, os hoplitas batiam as espadas contra seus escudos, clamando por batalha.

Liada e Tin Tin matavam soldados e tripulantes inimigos com seus arcos.

Centenas de flechas continuaram a voar, causando várias perdas também no lado da Sétima.

“Sparks!” Kawalski gritou no comunicador.

“Sim?”

“Vire a gente noventa metros para a direita para eu conseguir atingir aquele barco que está indo em direção ao Palatino.”

“Copiado.” Sparks virou em direção ao navio grego para alinhar o trabuco de Kawalski para um novo tiro.

O rochedo atingiu o mar vinte metros antes do navio.

Caubói gritou para os seus homens recarregarem o trabuco.

O próximo tiro atingiu um barco pequeno, destruindo o convés e o centro do navio e saindo pela lateral, abaixo d'água. A água foi subindo e o barco rapidamente afundou.

Um dos homens do Caubói gritou e apontou para trás.

Caubói seguiu seu dedo com os olhos. “Puta merda! Sparks, atrás de nós, um navio grego enorme!”

Sparks virou a cabeça e viu o navio se aproximando deles. “Está muito rápido,” Sparks gritou. “Não vamos conseguir fugir.”

Caubói olhou para o seu trabuco, e depois para o mastro e vela lá em cima. “Certo. Vamos ver o que podemos fazer.” Ele gritou para os seus homens virarem o Little Boy.

Os homens tiveram dificuldade em girar o trabuco. Mais doze se aproximaram para ajudar.

Logo a arma tinha sido girada em 180 graus, e apontava para a traseira do navio deles.

Os homens rolaram um rochedo enorme até a corda do Little Boy.

“Que merda você está fazendo?” Sparks disse. “Você vai destruir nosso mastro.”

“Talvez.” Caubói olhou para o navio grego que avançava, e puxou a corda do gatilho.

O contrapeso caiu, o braço subiu, e o rochedo foi lançado para o céu.

A rocha passou alguns centímetros ao lado do mastro, e arqueou por cima do navio.


O trabuco Little Boy

montado no convés do

no navio da Sétima Cavalaria, o Palatino

O rochedo atingiu o navio grego embaixo d'água, destruindo dez metros da carcaça. A água entrou e o navio capotou em menos de dois minutos, levando centenas de homens com ele.

Homens e mulheres nos navios da Sétima comemoraram enquanto o navio afundava.

Os tiros de rifle foram um ataque pesado nos hoplitas, mas um dos barcos chegou até um navio da Sétima. Os soldados gregos saltaram no navio menor e começaram uma sangrenta batalha corpo-a-corpo.

Rifles das gáveas mais próximas direcionaram seu fogo para os hoplitas, criando possibilidades suficientes para os soldados da Sétima virarem o jogo.

Quando o trabuco acertou outro navio grego, o último navio grande ergueu a bandeira branca da rendição.

Seis dos barcos menores se viraram e navegaram para longe, correndo para o leste, enquanto os outros sete colocavam bandeiras brancas em seus mastros.

Depois da rendição, Sarge ordenou que todos os navios e tripulação da Sétima resgatassem aqueles deixados na água pelos barcos que afundaram.

A maioria dos soldados hoplitas havia se afogado, puxados pelas pesadas armaduras.

Os demais resgatados do mar eram tripulantes e escravos, dentre eles muitas mulheres.

“Joguem uma corda para aquele cara se agarrando nos destroços!” Sarge gritou.

“Ei, você!” Kady gritou. Ela foi até a beirada e arremessou uma corda. “É, você com as correntes nos pulsos. Segure a corda.”

O homem encarou Kady por um momento, tentando se mover pela água, então soltou o mastro quebrado e nadou em direção à corda, virando de lado para segurá-la com as mãos acorrentadas.

“Apache!” Kady gritou. “Venha me ajudar. Fisguei um grande.”

Juntas, elas trouxeram o escravo até a lateral do navio.

Enquanto elas puxavam com toda a força que tinham, ele subia pela corda, usando seus braços musculosos.

No convés, ele disse algumas palavras, e depois se curvou para as mulheres.

“De nada,” Kady disse.


Sixwar, escravo de remo

“Você ajuda ele a se secar,” Apache disse, “e eu pago uma bebida.”

“É disso que eu tô falando.”

Um grito veio da popa.

Um soldado hoplita capturado havia agarrado a espada de um dos tripulantes e agora lutava contra dois homens.

O escravo saltou pelos seis degraus e desceu até o convés inferior, e então correu para a briga.

Os dois homens estavam enfrentando o que havia de pior no hoplita.

Kady e Apache correram atrás do escravo.

Chegando à popa, o escravo desarmado entrou na luta.

Quando o hoplita moveu a espada em direção ao seu pescoço, ele levantou seus pulsos acorrentados para bloquear o golpe.

A lâmina afiada bateu na corrente pesada.

O escravo enrolou a corrente em volta da lâmina, arrancando a espada da mão do soldado.

Quando a espada caiu no convés e derrapou pelo chão, o hoplita puxou uma adaga e avançou em cima do escravo.

Ele deu um passo para o lado, mas foi um pouco tarde. A lâmina perfurou sua barriga.

Ignorando a ferida, o escravo girou com a bola em seu pé direito, fazendo a corrente girar e atingir o soldado na cabeça.

Quando o hoplita caiu de barriga para baixo no convés, o escravo pulou nele, agarrou seu queixo, e girou sua cabeça para trás rapidamente, quebrando seu pescoço.

Lá ele ficou por um momento, com um joelho no chão, recuperando o fôlego, então pegou o hoplita e o empurrou para o lado.

Kady começou a bater palmas, e depois Apache se juntou a ela.

O escravo deu um sorriso torto enquanto ajudava um dos tripulantes feridos a ficar de pé.

A Última Missão Da Sétima Cavalaria: Livro Dois

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