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Poucos minutos depois, eles se sentaram na frente do velho Marina de Croad, com garrafas de café no colo. Croad pegou uma folha de papel e passou para Slim, que a equilibrou sobre os joelhos enquanto lia.

"A primeira," disse Croad.

"Caro Oliver," slim leu. "Eu vou direto ao ponto. Você deve estar surpreso em ouvir de mim, mas eu não estou morto como você deve ter esperado. Peço-lhe desculpas por isso. Na verdade, a tragédia que você acredita ter acontecido comigo nunca ocorreu. Estou bem vivo. Vivo, mas frustrado. É aí que você entra. Sabe, eu sei o que você fez, e acho que é hora de você pagar. Eu também sei sobre todo o resto. Eu vou à polícia se você não fizer exatamente o que eu peço. Sinceramente, Dennis."

A carta terminava com um pedido que meio milhão de libras em dinheiro fosse deixado em um saco em um viaduto atravessando a estrada dupla A30 próxima. Data e Hora: 6 de setembro às 7:15 da tarde.

Slim zombou enquanto devolvia a carta. "Tarifa padrão de chantagista," disse ele. "Nem um único detalhe concreto. Estou assumindo que tenha sido ignorado."

"Claro," disse Croad. "O Sr. Ozgood é um homem de negócios. Recebe cartas assim todos os dias. Esta nunca passou de sua secretária. Então o chantagista foi um pouco mais específico."

"Mostre."

"Aqui está a primeira que foi passada para o próprio Ozgood."

Slim pegou a folha de papel e começou a ler, em silêncio desta vez.

Querido Oliver,

Notei que você não apareceu em 6 de setembro.

Não é de seu feitio esquecer uma data importante, não é?

Acho que não percebe que estou falando sério.

Eu sei o que você fez. Você acha que seu

dinheiro vai te salvar? Bem, ele salvou uma vez.

Sorte sua. Os menos privilegiados não têm tanta sorte.

O preço pedido agora é de um milhão.

Isso pode reparar alguns dos danos que você causou.

Diga a Ellie quando você vê-la,

que eu nunca vou esquecer seu sorriso

quando ela me disse que me amava.

E pergunte a ela sobre aquele arranhão nas costas.

O espinheiro... Eu não sabia que estava lá.

Sua sombra até eu ver o seu dinheiro,

às 6 horas de 2 de outubro,

no mesmo lugar de antes.

Dennis

Slim ergueu os olhos. "Suponho que Ozgood levou este um pouco mais a sério?"

"Não está errado," Croad bufou. "Durante o suposto estupro, Ellie Ozgood foi arranhada nas costas, assim como a carta de Den afirma. Havia um traço de espinho em sua pele, e a perícia na investigação inicial realmente rastreou-o até a planta exata no jardim de Den." Croad apontou. "Bem por ali, embora tenha crescido um pouco desde então. Teria sido suficiente para condená-lo se Ellie não tivesse retirado suas acusações.

"Ela o quê? Ozgood me disse que o caso foi arquivado."

"Sim, isso é meio que uma ferida para ele. Ellie retirou a acusação. Alegou que foi consensual. A garota tinha feito dezesseis a um mês, o que inocentava Den. Ele tinha trinta e oito. Ozgood não gostou, não acreditou nela ou em Den. Não podia aceitar sua garotinha brincando com o jardineiro, sabe? Então ele tomou a questão em suas próprias mãos."

"Imaginei."

Croad sorriu, mas pela primeira vez, de um ângulo sinistro. Na penumbra através das árvores o rosto do velho tornou-se esquelético, ameaçador.

"Os três mosqueteiros," disse ele.

"Quê?"

"Só nós três sabemos sobre o que Ozgood fez naquela noite. Ele, claro, eu, e agora você. Eu devo a ele uma dívida de vida, e agora você também. Não podemos contar nada a ninguém, está claro?"

Slim decidiu não mencionar que parecia que o próprio Ozgood tinha quebrado seu círculo sagrado ao se gabar de sua ação para Kay Skelton. Em vez disso, ele disse: "Você está me ameaçando?"

"Apenas estabelecendo parâmetros. Estive na equipe por um tempo, ganhei confiança. Você nem tanto. Eu não considero nenhuma dívida paga, então vamos deixar claro para quem você está trabalhando."

Slim respirou fundo. A tentação de ir embora era forte, mas assim também era a tentação do bar mais próximo, e talvez mais provável de matá-lo.

"Entendo," disse ele.

"Ótimo. Agora, tem mais. Tem sempre mais, não tem?"

Slim franziu a testa, incerto do que Croad queria dizer, mas o velho passou-lhe outra folha de papel.

"Terceira e última," disse ele.

Querido Oliver,

Esta é sua última chance de se decidir. Não

esqueça do que fez com Scuttleworth, ou

como você destruiu várias vidas.

Chegou a hora de você pagar pela

dor que me causou. Te dei

uma chance de compensar quem você machucou.

9 de Novembro, 5:25.

Uma bolsa de couro preta amarrada ao nono pilar.

Vejo você lá,

Dennis

Slim devolveu a carta. "Você sabe as perguntas que eu vou fazer, não sabe?"

Croad sorriu. "Afiado que nem faca, eu. Essa chegou há oito dias. Temos pouco mais de duas semanas até o dia do pagamento. Todo esse negócio sobre denunciar o Sr. Ozgood, ele não sabe do que se trata. Nada além de ameaças e mentiras. É a garota que é o problema, no entanto."

"Ellie? Porque?"

"O Sr. Ozgood quer mandá-la para fora, tirá-la da zona de perigo."

"Mas?"

"A mula teimosa não quer sair. Disse que não está preocupada com ameaças de ninguém. Faz você pensar, não é?"

"Ozgood planeja entregar o dinheiro?"

"Não se ele puder impedir. É para isso que você está aqui."

"Eu não trabalho particularmente rápido," disse Slim. "Não tenho certeza se eu posso salvar o dinheiro dele."

Croad riu. "Você acha que o Sr. Ozgood se preocupa com um milhão ou dois? Você não entendeu ainda, não é? Ninguém desafia o Sr. Ozgood. Dennis Sharp cometeu esse erro e acabou morto. Quem estiver enviando essas cartas vai pelo mesmo caminho. Você está aqui para manter o sangue longe das mãos do Sr. Ozgood, ou pelo menos mantê-lo a um nível onde ele possa ser facilmente lavado."

O Guarda Florestal

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