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Capítulo 1

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Brad Logan estava atrasado. Devia ter saído do casamento do seu amigo muito antes. Estava a mais de quarenta quilómetros de casa e o seu irmão zangar-se-ia se acordasse Abby. Embora lhe faltassem dois meses para dar à luz, os gémeos mal a deixavam dormir.

De repente, viu uma luz no meio do campo, à esquerda da estrada. Parecia uma fogueira. Travou de repente e recuou para verificar. Os Logan tinham arrendado aquelas terras à Junta de Freguesia e todos sabiam que era proibido fazer fogueiras.

Ali estava… Quase escondida atrás de uma pequena colina. Tinha de a apagar. Os faróis da carrinha iluminaram os vestígios de pneus que se dirigiam para o caminho de pedra. Brad seguiu as marcas e chegou até um velho carro. Alguém tinha acendido uma pequena fogueira.

Uma jovem estava junto da fogueira.

– Menina?

Ela levantou-se com um salto e esteve prestes a perder o equilíbrio.

– Quem é o senhor?

– Brad Logan. A minha família arrendou estas terras à Junta de Freguesia. Não pode acampar aqui. E, certamente, não pode fazer uma fogueira.

– Não estamos a fazer nada mau.

– Menina, foi um ano muito seco. Não podemos arriscar-nos a sofrer um incêndio. Lamento muito, mas tem de apagar a fogueira – deitou terra sobre a fogueira, mas ela parou-o, pondo-lhe uma mão no braço.

– Se soubesse quanto tempo demorei a acender essa fogueira, não a apagaria assim!

Ele fez com que o soltasse.

– Olhe, não pode estar aqui. Vimos ursos a rondar por aqui. O que faria se um urso a atacasse? Tem de voltar para Pinedale e procurar um hotel.

– Não! Não posso!

Parecia muito assustada.

– Porquê?

– Não posso. Não tenho dinheiro!

– Há um acampamento em Yellowstone. Não acho que esteja cheio no Outubro.

– Oh, sim, obrigada.

A expressão do seu rosto dizia que não ia para Yellowstone. Mas fosse para onde fosse, não podia deixá-la ali.

– Não tem água?

– Sim – virou-se para o carro, que estava às escuras.

– Preciso dela para me certificar de que a fogueira está totalmente apagada.

Ela deu meia volta com um ar incrédulo no rosto.

– Vai atirá-la para a fogueira? Não tenho muita e as crianças precisarão dela de manhã.

Ele olhou para o veículo.

– Há crianças no carro?

– Olhe, ir-nos-emos embora, mas preciso de toda a água que tenho.

– Onde estão?

– Estão a dormir.

– Devia cuidar melhor dos seus filhos, menina!

– E o senhor devia meter-se nos seus próprios assuntos!

Sem saber o que fazer, Brad tirou o telemóvel e telefonou para o xerife.

– Levo-a? – perguntou-lhe, depois de o informar da situação.

Estava a observá-la enquanto falava e, quando disse que a levaria com ele, ela começou a arrumar as suas coisas rapidamente.

– Vamos!

Antes de conseguir chegar ao carro, Brad agarrou-a pelo braço.

– O xerife disse-me para a levar comigo.

– Mas não fizemos nada!

– Então, não se importará de falar com ele, pois não?

– Importo-me sim. Não quero deixar as crianças.

– Claro que não. Virão connosco… na minha carrinha.

– Não! Não posso deixar o carro aqui!

– Se o xerife der o seu consentimento, trá-la-ei de volta de manhã.

Dirigiu-se para o velho carro e olhou pela janela. Havia duas crianças a dormir lá dentro.

– Onde ia dormir? – perguntou à mulher.

– Isso não lhe diz respeito!

Abriu a porta do carro e acordou as crianças.

– Olá, crianças! A vossa mãe acedeu a deixar que passem a noite no nosso rancho. Querem?

Era uma menina pequena, de cerca de oito ou nove anos, e um menino de cinco.

Então, procuraram a sua mãe e Brad percebeu que não se apresentara.

– Lamento muito. Não vos disse quem sou. O meu nome é Brad. Levaremos a minha carrinha para o rancho. Está bem?

– Esta é a sua carrinha? – perguntou-lhe o menino, olhando pela janela.

– Sim. Gostas de carrinhas?

– Sim. Posso andar na sua?

– Claro. Pergunta à tua mãe.

– Mas não está cá.

– Não é a tua mãe? – perguntou, olhando para a jovem.

– Não.

– Bom, rapaz, porque não vens dar um passeio comigo? – perguntou-lhe. – Ela virá connosco.

– Vens, Sarah?

– Sim, eu seguir-te-ei, Davy. Não vou deixar-te para trás.

A menina saiu do carro e foi ao encontro de Sarah.

– Sarah, não acho que devamos deixar que Davy vá com ele. Não o conhecemos.

– Não faz mal, Anna. Vamos atrás – dirigiu-se para Brad. – Não se atreva a afastar-me de Davy.

– Não o farei, desde que me siga.

Afastou-se de Brad e deu um abraço ao rapaz. Então, entrou no carro com a menina e arrancou.

Brad ajudou o menino a sentar-se e pôs-lhe o cinto de segurança.

– Davy, fico contente por vires comigo. Eu não gosto de ir sozinho.

– Eu também não.

– Muito bem. Estaremos em casa dentro de vinte minutos.

Um momento mais tarde, olhou pelo espelho retrovisor e percebeu que a jovem não ia atrás. Mudou de sentido e encontrou o carro na berma.

– Davy, vou ver se posso ajudá-la. Fica aqui.

Quando chegou ao carro, viu que a jovem estava a chorar.

– Sente-se bem?

– Sim – respondeu, limpando as lágrimas.

– Sabe o que se passa com o carro?

– Não.

– Muito bem. Porque não entra na carrinha com Anna? Veremos o que pode fazer-se amanhã.

– Preci… Precisamos das malas.

– Onde estão?

– No porta-bagagem.

– Vou buscá-las.

Brad tirou as malas e guardou-as na carrinha.

– Anna, ajudo-te a entrar – disse à menina. Então, virou-se para Sarah, mas ela já estava sentada. – Ponham o cinto – disse, ao sentar-se à frente do volante. – Chegaremos ao rancho dentro de minutos – saiu para a estrada.

O resto da viagem decorreu em silêncio. As crianças pareciam ter adormecido, mas Sarah observava-o atentamente. Quando os seus olhares se encontravam, ela desviava o dela.

Parecia ter vinte anos. O cabelo castanho caía-lhe sobre os ombros e os seus olhos eram grandes e expressivos. Noutras circunstâncias aquele rosto devia ser bonito, mas naquele momento umas sombras escuras marcavam-se à volta dos seus olhos.

Queria perguntar-lhe de quem eram as crianças e porque estavam a seu cargo, mas decidiu esperar.

Quando chegou a casa, virou-se para ela.

– A minha cunhada está grávida de gémeos. Custa-lhe muito dormir se acordar, portanto agradeceria muito se mantivesse o silêncio.

Sarah saiu da carrinha e ajudou as crianças.

– O que estamos a fazer aqui? – perguntou-lhe. – Pensava que ia levar-me ao xerife.

Levara-a para o rancho dos Logan. O xerife, que estava casado com a sua mãe, acedera a lá ir.

– Este é o rancho da minha família. O xerife vai encontrar-se connosco aqui. Este é o seu carro.

Ao ouvir mencionar o xerife, Sarah empalideceu.

– Sente-se bem?

– Não fizemos nada de mal – replicou, olhando para ele nos olhos.

Por alguma razão, Brad sentiu o impulso de a tranquilizar. Era evidente que se preocupava com as crianças e ele sempre tinha sentido fraqueza pelas raparigas em apuros.

Fez-lhe gestos para que o seguisse.

Abriu a porta da cozinha e fê-los entrar. O xerife estava sentado à frente da velha mesa de carvalho.

– Mike, estes são Sarah, Anna e Davy.

O xerife levantou-se. Tinha cinquenta anos e o cabelo branco, mas ainda se mantinha em forma.

– Olá, sou Mike Dunleavy, o xerife do condado. Sentem-se. Apetece-lhe um café? – apontou para a bancada da cozinha. Fizera café assim que recebera a chamada de Brad.

– Não, obrigada. Mas pode dar leite às crianças?

– Claro – disse Brad. – Vou buscar.

Depois de dar dois copos de leite às crianças, Mike começou a fazer perguntas.

Primeiro, perguntou o seu nome.

– Sarah Brownly.

– Está de férias?

– Mais ou menos. Fiquei sem trabalho e… decidimos ir-nos embora.

– Estas são as vossas malas? Não têm mais pertences?

– São.

– São seus filhos?

Ela hesitou. Finalmente, abanou a cabeça.

– Onde estão os seus pais?

– Anna e Davy são os meus meios-irmãos. A nossa mãe morreu recentemente.

– Lamento muito. Deve ser muito difícil para você. Para todos.

Brad viu aparecer as lágrimas nos olhos da jovem. Se estava a mentir, devia ser muito boa actriz.

O menino, que não dissera nenhuma palavra desde a sua chegada, levantou-se da cadeira e puxou o braço de Sarah.

– Tenho sono.

Ela fê-lo sentar-se sobre os seus joelhos. Anna pôs a sua cadeira ao lado dela e recostou-se.

Brad comoveu-se ao ver a ternura com que ela as tratava e, de repente, sentiu pena deles.

– Davy, o meu sobrinho tem a mesma idade que tu e há uma cama extra no seu quarto. Gostarias de dormir nela?

Davy olhou para Sarah para lhe pedir permissão. Ela assentiu.

– Não se importa? – perguntou a Brad.

– Acho que só acordará de manhã. Vamos, mostrar-te-ei onde é.

Brad conduziu-o até ao quarto. Ao chegar à porta, Davy hesitou por um instante.

– Acho que quero voltar para ao pé de Sarah.

– Porque não te deitas? Sarah vai ficar bem.

Depois de pensar um momento, Davy deitou-se na cama. Então, olhou para Robbie.

– Ele tem mamã?

– Sim. A minha cunhada, Abby. Está a dormir noutro quarto com o seu marido, Nick. É o meu irmão mais velho. Este rancho é dele.

– A minha mamã está no Céu. O meu pai matou-a. Ele está em Denver.

Embora o menino pronunciasse aquelas palavras com toda a calma do mundo, Brad sentiu o impacto do horror. Teve de se segurar para não cair. Milhares de perguntas buliam na sua mente, mas não era o momento de as fazer. Se o que dizia era verdade, já sofrera o suficiente.

Sarah poderia responder a todas as suas perguntas.

Quando voltou à cozinha, ouviu-a suplicar a Mike para que os deixasse ir. Estava a prometer que nunca mais voltaria a acampar ao ar livre. Brad interrompeu-a.

– Davy diz que o seu pai matou a sua mãe.

Sarah ficou pálida e Brad achou que ia desmaiar.

– É verdade, Sarah?

Dessa vez não conseguiu conter as lágrimas. Anna pôs-lhe os braços à volta do pescoço e agarrou-se a ela com todas as suas forças.

– Sim – sussurrou a jovem.

– Denunciou-o? – perguntou-lhe o xerife.

– Sim. As crianças e eu tínhamos ido à mercearia. Quando entrei na cozinha, vi o meu padrasto a estrangular a minha mãe. Agarrei numa cadeira e bati-lhe na cabeça. Fi-lo afastar-se da minha mãe, mas… Não pude ajudá-la – reprimiu um soluço ao reviver a cena. – Ele estava fora de si. Eu agarrei nas crianças, meti-os no carro, pus algumas coisas nas malas e fui-me embora. Telefonei à polícia e disse-lhes que o meu padrasto tinha estrangulado a minha mãe.

– E porque fugiste?

– Porque o meu padrasto… mente. Não podia ir sem as crianças. Matar-nos-ia se soubesse onde estamos. Nunca foi um bom pai. Eu pagava todas as contas e comprava a comida. Ele bebia muito. Até fez com que a minha mãe começasse a beber – Sarah voltou a chorar. – Eu tentei fazer com que não bebesse com ele. Ele ficava muito agressivo quando bebia e ela… Ela era diferente.

– Ainda não entendo porque se foi embora. Já tinha chamado a polícia.

– Xerife, alguma vez se encontrou com pessoas que não pagam pelo que fizeram porque ninguém consegue prová-lo? Alguma vez se encontrou com alguém que conta uma história triste e leva a sua avante? Não podia arriscar-me a ficar por lá para ver o que acontecia. Ele podia dizer que amava os seus filhos e os polícias podiam acreditar.

Mike reflectiu um instante e assentiu.

– Olhe, porque não dorme aqui com as crianças? Os Logan não se importam, pois não, Brad? – olhou para o seu enteado, que assentiu. – Preciso dos nomes da sua mãe e do seu padrasto.

– Alice e Ellis Ashton.

– Vou contactar com a polícia de… Não me disse onde vivia.

– Acho que não devia dizer – disse Sarah.

– Acho que Davy me disse que viviam em Denver – disse Brad, suavemente.

– Não tem o direito de interrogar Davy! É uma criança! – gritou Sarah.

– Eu não o interroguei. Ele é que mo disse.

– Sarah, não queremos fazer-vos mal. Só queremos descobrir o que aconteceu. Acredite ou não, queremos protegê-la – declarou Mike.

Sarah acalmou-se um pouco.

– Tem documentos que a autorizem a tirar as crianças de casa?

– Se ele ficar com as crianças, não cuidará delas! Talvez até as magoe!

Ao ouvi-la levantar o tom de voz, Anna começou a chorar. Brad percebeu que era uma imprudência falar à frente da menina. Sarah pegou nela ao colo e abraçou-a com ardor.

– Por favor, xerife! Entenda! Não pude fazer nada pela minha mãe, mas não deixe que leve as crianças!

– Sarah, tem mais de vinte e um anos?

– Sim, tenho vinte e quatro – esfregou as faces, mas as lágrimas não pararam.

– Se tiver de voltar para testemunhar contra o seu padrasto, eu ajudá-la-ei a conseguir a custódia das crianças. Posso escrever para o juiz e falar a seu favor. Cuidaremos das crianças se testemunhar. Se não lhe derem a custódia eu… farei a vista grossa para que possa desaparecer. Está bem?

– Promete-me?

– Tem a minha palavra.

– Obrigada, xerife. São boas crianças.

– Estou a ver – sorriu para Anna. – Vai ficar tudo bem – disse à menina. – Não tens de chorar.

Brad agradeceu a Mike.

– Precisas de mais alguma coisa? Acho que Anna está muito cansada – perguntou Brad ao xerife.

– Não. É só isso. Telefonarei à polícia de Denver para ver se prenderam Ellis Ashton.

– Então, Sarah, se estiveres preparada, temos um quarto vazio para ti e para Anna. Queres que leve a menina?

– Não, obrigada. Eu levo-a.

Brad agarrou nas malas e levou-as pelo corredor. Abriu a porta do quarto e acendeu a luz.

– Há almofadas e mantas auxiliares no armário, no caso de terem frio durante a noite.

Disse-lhe onde era a casa de banho e onde estavam as toalhas. Sarah parecia petrificada, traumatizada. Brad não conseguia imaginar o que acontecera. Devia estar aterrorizada.

De repente, sentiu o impulso de a abraçar. Deu um passo em frente e parou.

Ela olhou para ele fixamente, com os olhos avermelhados.

– Obrigada, Brad. Muito obrigada por nos ajudar – disse, num sussurro.

Na manhã seguinte, Brad tomou um duche, barbeou-se, vestiu-se e dirigiu-se para a cozinha, onde se encontrava sempre com o seu irmão, que fazia o pequeno-almoço todas as manhãs.

– Bom dia! – exclamou a Nick, ao entrar.

– Bom dia! Voltaste tarde ontem à noite, não foi?

– Sim, mas…

Robbie entrou na cozinha de repente. Davy ia atrás dele.

– Olha, papá!

Nick olhou para o seu filho e, de repente, percebeu que Robbie não estava sozinho.

– O que…?

– Isso era o que ia dizer-te – apressou-se a dizer Brad.

– É teu? – perguntou Nick. – Há alguma coisa que queiras contar-nos, maninho?

– Não, não é meu, mas eu trouxe-o. Encontrei-o com as suas irmãs, a acampar nas terras da Junta de Freguesia.

– Isso não é permitido – disse Nick.

– Eu sei, mas… Bom, apaguei a fogueira e trouxe-os para que falassem com Mike.

Brad alegrou-se por o ter dito de uma vez. Uns passos aproximavam-se da cozinha.

Então, Sarah e Anna entraram. Brad reparou nas semelhanças. Tinham a mesma tez, os mesmos traços faciais…

– Bom dia! – cumprimentou Sarah, suavemente.

– Olá! – cumprimentou Nick. – Sou Nick Logan.

– Eu sou Sarah Brownly e esta é Anna. Este é Davy. Não queremos incomodar…

– Não é um incómodo. Sentem-se. O pequeno-almoço estará pronto em seguida – olhou para Brad. – Podes trazer os talheres e umas bebidas para os nossos convidados?

– Claro – Brad tirou os talheres e serviu três copos de leite. Pô-los na mesa e serviu uma chávena de café para Sarah. – Senta-te – acrescentou.

Brad esperava que Nick não fizesse perguntas. Queria explicar-lhe tudo a caminho do trabalho. Nick não disse nenhuma palavra até lhes servir o pequeno-almoço.

– De onde és? – perguntou-lhe, quando se sentou à mesa.

Sarah não queria dizer-lhe, mas, depois de olhar para Brad, respondeu:

– Denver.

– É uma época fora do comum para ir de férias com as crianças. Não vão perder as aulas?

Sarah olhou para Brad com olhos suplicantes.

– Explicarei depois do pequeno-almoço – disse Brad. – Come, Sarah. Nick quer limpar a cozinha antes de sair.

– Não me importo de lavar a loiça. Não sei o que… Quero dizer que esperarei até ter notícias do xerife.

Nick olhou para Brad, perguntando-se se podia confiar na jovem.

– Seria bom, Sarah, se não te importares. As crianças podem ver televisão.

– Posso ficar em casa para ver televisão? – perguntou Robbie, com impaciência.

– Não, filho. Sabes que tens de ir à escola. A mãe zangar-se-ia se ficasses em casa sem motivo.

– Oh, papá. Porque…?

– Come! – ordenou Nick.

Acabaram em minutos. Nick acompanhou Robbie à paragem do autocarro escolar. Esperava encontrar Brad no celeiro mais tarde.

Quando saíram, Brad virou-se para a rapariga, as formalidades tinham ficado para trás.

– A minha cunhada está a dormir. Podes fazer-lhe o pequeno-almoço?

– Sim. Obrigada por não dizeres nada ao teu irmão à frente das crianças.

– Não há problema – disse Brad e saiu de casa.

Já no celeiro, selou dois cavalos e esperou pelo seu irmão.

– Está bem. Qual é a história? – perguntou-lhe Nick, ao montar no cavalo.

Talvez Nick não estivesse preparado para aquilo, mas Brad não lhe poupou os detalhes.

– Bela tragédia! – exclamou Nick, abanando a cabeça.

– Eu sei. Vi-os porque vi a luz da fogueira. Parei e recuei. Apaguei a fogueira e disse-lhe que tinha de se ir embora. Era óbvio que ela pensava que podia ir-se embora sem mais nem menos. Telefonei a Mike e ele disse-me para os trazer.

– Tem sorte por a teres encontrado – disse Nick. – Teria sido pior se fossem atacados por ursos.

– Isso foi o que eu disse.

No entanto, enquanto cavalgava ao lado do seu irmão, Brad não conseguiu evitar perguntar-se se realmente salvara Sarah.

Uma noiva para o cowboy - Chuva no coração

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