Читать книгу Uma noiva para o cowboy - Chuva no coração - Judy Christenberry - Страница 6

Capítulo 2

Оглавление

Sarah perguntou-se se o rancho seria tão seguro como os Logan e o xerife diziam. A última coisa que queria era que os seus irmãos voltassem a correr perigo. Depois de verificar que viam televisão na sala, voltou à cozinha e continuou com os afazeres. Faria muito mais em troca de uma boa cama e um pequeno-almoço. Deus sabia que não teria aguentado nem mais um dia sem descansar. Depois de fugir com as crianças, tinha conduzido quase toda a noite e estacionado numa área de descanso para espevitar. Passara a primeira noite de guarda e Brad Logan encontrara-a na madrugada do segundo dia. Nunca lhe ocorrera pensar nos ursos. Graças a Brad, as crianças tinham tido uma cama quente onde dormir, boa comida e uma casa segura. O que mais podia pedir? Suspirando, Sarah percebeu que estava em dívida para com aquela família. E pensar que se zangara com Brad quando a surpreendera no seu acampamento improvisado… O aborrecimento que vira nos seus olhos não demorara a transformar-se em preocupação e compaixão. Mas ela não queria a sua compaixão, mas a sua simpatia. E o cowboy atraente oferecera-lha.

Depois de varrer a cozinha, ouviu passos pelo corredor. Seria a esposa de Nick?

Uma mulher morena e grávida entrou e parou de repente.

– Olá?

– Sou Sarah. O teu cunhado deixou-nos ficar cá ontem à noite. Preparo-te o pequeno-almoço?

– Não. Eu… Bom, está bem. Se não te importares.

– Claro que não. Ainda há café acabado de fazer.

– Não. O médico diz que não posso beber café. Beberei uma chávena de chá com leite e açúcar.

Sarah fez-lhe o pequeno-almoço, incluindo uma torrada, bacon e ovos mexidos.

– Lamento ter-te assustado antes… – replicou, depois de a servir.

Abby levantou uma mão.

– Não importa. Não esperava encontrar ninguém – agarrou no garfo. – Então, conheceste o meu marido esta manhã?

– Sim. Ele fez-nos o pequeno-almoço. Eu ofereci-me para limpar a cozinha para lhe agradecer o que tinha feito por nós.

– Isso foi muito amável da tua parte. Queres café?

– Eu gostaria de beber outra chávena. Estava a guardá-la para ti – Sarah levantou-se e serviu a última chávena de café.

– És amiga de Brad?

– Não. Nós… Tivemos de fugir do meu padrasto. Ele… matou a minha mãe há duas noites. Tinha medo de que nos matasse a todos se não saíssemos dali.

Abby não esperava ouvir uma história tão terrível. A chávena esteve prestes a cair das mãos.

– Oh, não! – exclamou, olhando para Sarah com olhos cheios de horror. – Lamento.

– Obrigada – disse Sarah, pestanejando rapidamente para não chorar.

– Falaste no plural. Com quem estás?

– Com os meus dois meios-irmãos. Estão a ver televisão na sala.

– Quantos anos têm?

– Cinco e nove.

– Já não aguentas mais, não é? – Abby pôs uma mão sobre o braço de Sarah.

Aquele gesto fez com que ela começasse a chorar, soltando assim a tensão acumulada.

– Estes biscoitos estão muito bons.

O pequeno Davy estava sentado à mesa, a comer as guloseimas que a sogra de Abby, Kate, lhes enviara. Anna também estava a desfrutar dos doces, embora não o expressasse abertamente.

Depois de desabafar, Sarah apresentara as crianças à sua agradável anfitriã. Abby gostou dos pequenos imediatamente.

– Dir-lhe-ei que gostaram dos biscoitos – disse Abby. – É uma avó óptima para Robbie.

– Tenho a certeza de que é assim. Não tem mais netos?

– Só quando nascerem os gémeos. Nick foi o único dos seus filhos que se casou – alguns minutos depois Abby olhou à sua volta. – Não sei o que fazer para o almoço.

– Diz-me de que gostas.

– Não posso pedir-te para fazeres o almoço!

– Sim, claro que podes. Não podes fazer tantas coisas a estas alturas da gravidez.

– Sim, mas… Importas-te?

– Claro que não. Diz-me o que queres. Eu faço.

Sarah estava a levantar-se quando o telefone tocou. A jovem olhou para Abby.

– Atende, por favor – disse Abby, com um sorriso.

– Rancho Logan – replicou, ao atender.

– Sarah?

– Sim.

– Sou Kate Dunleavy, a esposa de Mike.

– A avó de Robbie?

– Exactamente. Já ouviste falar de todos, não foi?

– Quer falar com Abby?

– Sim, por favor.

Sarah entregou-lhe o auscultador.

Enquanto Abby falava, Sarah deu uma olhadela no frigorífico. Estava cheio de comida.

Abby despediu-se da sua sogra e Sarah desligou o telefone por ela.

– Kate vai trazer o almoço. Só temos de fazer uma salada.

– Está bem – Sarah pôs mãos à obra. Pôs a mesa para seis, fez a salada e aqueceu ervilhas. Quando Kate chegou, estava tudo pronto.

– Tu fizeste tudo? – perguntou a mãe de Nick. – Abby, sabes que não devias tê-lo feito. Eu fá-lo-ia.

– Não fui eu. Sarah fez tudo. Não é uma querida?

– Claro que sim – dirigiu-se para a convidada e estendeu-lhe a mão em jeito de cumprimento. – Olá, Sarah! É um prazer conhecer-te.

Sarah apertou-lhe a mão com um gesto efusivo. A mulher devia ter cerca de cinquenta anos.

– Irei ver as crianças – disse Sarah e saiu da divisão.

– Mike diz que é uma boa pessoa – indicou Kate, observando-a.

– Eu também acho. Passou por coisas terríveis. Mike poderá ajudá-la?

– Sim. Acha que sim. Falará com ela depois do almoço. Não quer falar à frente das crianças.

– Oh, claro!

Sarah regressou, seguida de Anna e de Davy. A menina não se afastava da sua meia-irmã, mas Davy não parecia nervoso.

– Rapazes, esta é Kate, a senhora dos biscoitos.

– Eu adoro os seus biscoitos! – exclamou Davy, com um grande sorriso.

– Fico contente. É um prazer conhecer-te, Davy. E a ti também, Anna.

– Vá lá, crianças, sentem-se à mesa.

– Eu gosto muito de Robbie – confessou Davy, sorrindo.

– Perfeito. Talvez a ideia de Mike funcione – declarou Kate, sorrindo.

– Que ideia? – perguntou Sarah, levantando o olhar.

– Olá! Como estão todos? – perguntou Mike, entrando na cozinha.

Sarah cumprimentou-o com um gesto e sorriu.

– Estamos bem.

– Ainda bem. Estou cheio de fome. Já podemos comer?

– Tens sempre fome – disse Kate, brincando com o seu marido.

Sarah mal comeu. A dúvida e a expectativa mantinham-na sem apetite.

Finalmente, acabaram de almoçar e pôde levar as crianças para a sala. Assim que voltou para a cozinha virou-se para Mike.

– Prenderam-no? – perguntou-lhe.

– Sim, mas tu tinhas razão. Ashton disse-lhes que não sabia quem tinha matado a sua esposa. Disse que lhe deram uma pancada na cabeça, deixando-o inconsciente, e que por isso não conseguiu ajudar a sua esposa.

– Eu bem disse que ele mentiria.

– E quer saber o que se passou com as crianças.

– Não! Eu bem disse. Não podem voltar para ele.

– Só disse o que ele declarou. No entanto, a polícia fez um trabalho rigoroso. Está preso e só poderá sair se pagar os duzentos e cinquenta mil dólares de fiança. Esperam que não consiga reunir esse dinheiro.

– Está bem.

– Também querem falar contigo.

– Não! – Sarah sentiu-se como se estivesse numa montanha russa. Há um segundo, sentira um alívio profundo que não demorara a desaparecer.

– Sarah, lembras-te do que te disse? Falei com a polícia a respeito do teu desejo de assumires a custódia de Anna e de Davy. Acederam a ajudar-te se fores falar com eles.

Sarah pestanejou e olhou para as mãos, entrelaçadas sobre o seu colo.

– Não posso!

– Brad iria contigo. Vou falar com ele.

– E porque o faria?

– Porque precisas que alguém te acompanhe. Sarah, não vai ser fácil.

– Eu sei. E as crianças?

– Bom, pensei que deviam ir à escola enquanto estiverem aqui. Eu tratarei disso. Será mais difícil para Anna. Davy já tem um amigo, Robbie.

– Mas não posso deixá-las! Seria demasiado difícil para elas.

– Será muito pior se não conseguires a custódia.

– Cuidaremos delas, Sarah – disse Abby, agarrando na sua mão.

– Mas tu devias descansar.

– Se estiverem na escola o dia todo, posso descansar.

O xerife olhou para Sarah.

– Tens de te perguntar o seguinte: vale a pena testemunhar contra Ellis Ashton? Obterás a custódia e assim as crianças estarão seguras.

Ao vê-lo assim, Sarah percebeu que não tinha escolha.

– Irei – disse, respirando fundo. – Mas não é preciso incomodar Brad. Posso fazê-lo sozinha.

– Ele vai contigo. Faz parte do acordo. Nick e Abby ficarão com as crianças e Brad cuidará de ti.

– Não quero que cuide de mim! Eu posso fazê-lo sozinha.

– Porque não queres que vá?

– O único homem da minha família matou a minha mãe. Porque quereria estar perto de um homem?

– Só vai acompanhar-te para que estejas segura. Assim poderás voltar sã e salva para junto dos teus irmãos.

– Não… Não sei o que…

– Acho que devias ir na segunda-feira de manhã, depois de as crianças irem para a escola.

– No seu primeiro dia de escola? Não, isso é impossível! Anna não pode… É muito tímida.

– Não faz mal – disse Kate. – Eu levá-la-ei à escola de manhã e certificar-me-ei de que fica bem. Abby ajudará.

– De acordo. Posso dizer-lhe que irás com ela?

– Claro que sim.

Mike levantou-se e deu um beijo à sua esposa. Agradeceu a Sarah pela sua ajuda e foi-se embora.

– O que é que as crianças vestem para ir à escola? Há algum sítio onde possa comprar roupa?

– Sim. Eu levo-as. Podemos ir esta tarde, se quiseres.

– Obrigada, Kate. Acho que isso ajudará a fazer com que Anna se sinta melhor – disse Sarah, enquanto tentava encontrar uma maneira de pagar a roupa.

* * *

Nick e Brad chegaram tarde ao almoço e encontraram a casa vazia.

– Onde está Abby? – perguntou Nick.

– Não sei. Acho que nos deixaram sozinhos.

– Se se foi embora com aquela gente, eu…

– Olá, rapazes – disse Mike, ao entrar na cozinha. – As raparigas saíram?

– Sim – disse Nick, que estava um pouco zangado.

– Sabes onde estão?

– Não. Nem sequer deixaram um bilhete.

Nick não conseguia acreditar que a sua esposa se fora embora sem lhe ter dito nada.

– Ouve, posso aquecer a comida. Acho que há suficiente para os três – indicou Brad.

– Ah, esse é o guisado que Kate fez – disse Mike. – Porei a mesa.

– Como sabias do guisado? – perguntou Nick.

– Almocei com as raparigas há um momento, mas não foi suficiente – disse o xerife.

– Está bem, farei alguma coisa para beber. Apetece-vos café? Acho que vai estar muito frio a partir de hoje.

Estavam a acabar de almoçar quando Brad percebeu que Mike não costumava visitá-los àquela hora. Perguntou-lhe porquê.

– Vim falar com Sarah – explicou.

– Porquê? Passa-se alguma coisa?

– Não, não se passa nada, mas preciso de ajuda.

– Para quê? – perguntou Nick.

– Para acompanhar Sarah a Denver.

– Quem queres que vá? – perguntou Brad.

Mike olhou para ele nos olhos.

– Oh, não! Eu não. Não tens nenhum ajudante que possa fazê-lo?

– Sabes que não tenho ajudantes suficientes para abranger todo o condado. Não posso enviar um deles.

– Mas acho que ela se sentirá melhor com o ajudante do xerife.

– É por isso mesmo que vou nomear-te ajudante do xerife antes de ires – indicou Mike.

Naquela tarde, Sarah estava sentada à mesa da cozinha, a tentar encontrar sentido para a sua vida. Não teria podido estar em melhores mãos. Abby oferecera-lhe trabalho como governanta em troca de um salário generoso e alojamento para os três.

Kate tinha-os levado às compras e pagara a roupa de Anna e de Davy, mas Sarah fizera-a prometer que o descontaria do salário. Tinham comprado mais do que ela podia pagar, mas estava disposta a fazer um esforço pelas crianças, que tinham muito pouco. Elas mereciam tudo.

Durante toda a sua vida, Anna e Davy tinham sofrido os abusos do seu pai. Ela fizera com que não lhes faltasse comida, mas não era suficiente. As crianças não podiam viver assim.

A porta da cozinha abriu-se e Brad entrou na divisão.

Sarah levantou-se com um salto.

– Precisas de alguma coisa?

– Não. Só ia beber um pouco de água. À noite está um vento frio, mas esta tarde está calor. Ia buscar uma garrafa de água fresca.

– Eu vou buscar – disse Sarah.

Ele ficou de pé, à espera.

– Eh, para onde foste hoje? Não vimos ninguém quando viemos almoçar.

– Mas viste a panela de comida, não foi?

– Sim, Mike disse-nos que a mãe a tinha feito.

– Sim, trouxe-nos a comida. Mike também almoçou convosco?

– Sim, quem diria que almoça duas vezes? Por incrível que pareça, nunca engorda.

Alguns segundos depois, Sarah reuniu a coragem necessária para perguntar se Mike lhe falara da viagem a Denver.

– Sim, disse-me.

– E tu disseste que sim?

Ele olhou para ela e Sarah reparou nos brilhos de ouro que flutuavam nas suas pupilas, tão escuras como o seu cabelo. Umas linhas magras marcavam o contorno dos seus olhos, habituados à intempérie no rancho. Era um homem atraente, alguém por quem poderia perder a cabeça.

Mas não podia. Não naquele momento.

– Não preciso que vás – apressou-se a dizer. – Consigo fazê-lo sozinha.

– Precisas que alguém te acompanhe.

– Não faz sentido deixares o teu trabalho para ires comigo. Ficarei bem – virou-lhe as costas e fingiu limpar a bancada da cozinha.

– Vou contigo. Mike vai tornar-me ajudante do xerife, portanto a minha presença será oficial.

– Não há necessidade.

– Esse tal Ellis Ashton é grande?

– Porquê?

– Perguntava-me se metia medo.

– Não é tão alto como tu, mas na sua barriga cabem dois como tu.

– Hum… Suponho que conseguiria ganhar-me numa luta.

– Não acredito. É lento e… estúpido.

– Então, talvez consiga ganhar-lhe.

– Talvez, mas isso não vem ao caso. Não haverá nenhuma luta.

– Só estava a pensar.

– Bom, não penses. Diz que não a Mike.

– Porque não queres que vá contigo?

– Não te conheço! Ainda és um estranho para mim.

– Sarah, vou proteger-te.

– Eu sei cuidar de mim própria.

– Queres comparar os músculos? – perguntou-lhe Brad, com um sorriso brincalhão.

– Não digas tolices!

– Mesmo que o teu padrasto fosse fraco, precisarias que alguém fosse contigo, para te dar apoio moral, pelo menos.

– Disse a Mike que podia ir sozinha. Retém Anna e Davy como reféns! De que mais precisa para garantir que voltarei?

– Se calhar pensa que queres evadir as tuas responsabilidades e fugir.

Sarah dirigiu-se para a saída mais próxima.

– Porque foges? Estava perto da verdade?

– Como te atreves a insinuar algo do género? Nunca digas uma coisa assim a Davy e a Anna!

– Tencionas voltar?

– Sim! Não vou deixá-las abandonadas, a cargo da tua família, a menos que… A menos que não possa voltar – disse, num sussurro.

– Claro que voltarás. É por isso que vou contigo, para me certificar de que regressas.

– Se… se alguma coisa me acontecer, procurarás alguém para cuidar de Davy e de Anna? Sei que a tua família não tem espaço, mas talvez haja alguma família na zona que possa acolhê-los.

– Pára de te preocupar, Sarah. Voltarás dentro de alguns dias e as coisas continuarão na mesma.

– Abby contratou-me como governanta.

– Muito bem. Parece que tens jeito para o trabalho.

– Suponho que sim. Ofereceu-me demasiado dinheiro – disse a quantia.

– Suponho que Nick lhe disse quanto podia pagar-te. Vale a pena se Abby não tiver de se levantar tão cedo.

– Sim. Eu agradeço muito o trabalho… e também que cuide das crianças. Kate disse-me que viria depois da escola para vos fazer o almoço. Nick só terá de o aquecer no forno.

– Parece um bom plano.

Sarah deixou-se cair em frente da bancada.

– Não sei o que fazer! – exclamou, cobrindo a cara com as mãos.

– Faz o que Mike te disser. Ele é mais velho e mais sábio. Não te dará maus conselhos.

– Tu confias muito nele, não é?

– É o marido da minha mãe. Não a teríamos deixado casar-se com ele se fosse um mau homem.

– Pensas que podes controlar tudo, não é?

– A maioria das vezes, sim. A minha família vive aqui há mais de cem anos. As minhas raízes são suficientemente profundas e tenho dinheiro suficiente para poder fazê-lo.

Ela levantou-se da mesa e virou-lhe as costas.

– Sim, bom, nada a ver com a minha família.

– Porque é que a tua mãe se casou com um homem como ele? – perguntou-lhe Brad.

– A minha mãe tinha enviuvado e não tinha experiência profissional. Com uma filha adolescente…

– Ele bebia?

– Sim, mas tinha-o sob controlo. As coisas continuaram assim durante alguns anos. Mas depressa acabou por beber quatro ou cinco cervejas em vez de uma. Voltava para casa às oito ou às nove da noite e começava a gritar pelo jantar.

– Isso é muito triste. Suponho que sofreste muito.

– Não. Eu nunca sabia se voltava para casa bêbado ou se não voltava. Não vivia lá.

– Quando voltaste a casa, quantos anos tinham as crianças?

– Anna tinha seis e Davy, dois.

Na verdade, não tivera escolha. Tivera de deixar a cidade para regressar a sua casa. Não teria sido capaz de continuar com a sua vida sabendo que os seus irmãos estavam em perigo.

– Não te preocupes, Sarah. Nick e Abby cuidarão da tua pequena família.

– Mais lhes vale!

Uma noiva para o cowboy - Chuva no coração

Подняться наверх