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O FILHO MORTO

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No povo d'além da serra

Vai a noite em mais de meio,

E a pobre da mãe velava

Unindo o filhinho ao seio.


«Acorda, meu filho, acorda,

«Que esse dormir não é teu;

«É como o somno da morte

«O somno que a ti desceu.


«Tarda-me já um sorriso

«Nos teus labios de rubim;

«Acorda, meu filho, acorda,

«Sorri-te ledo p'ra mim.»


Mas o infante moribundo

Em seu regaço expirou;

E a mãe o cobriu de beijos,

E largo tempo chorou.

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