Читать книгу Poesias - Alexandre Herculano - Страница 13

I.

Оглавление

Tibio o sol entre as nuvens do occidente,

Já lá se inclina ao mar. Grave e solemne

Vai a hora da tarde!—O oeste passa

Mudo nos troncos da alameda antiga,

Que á voz da primavera os gomos brota:

O oeste passa mudo, e cruza o atrio

Ponteagudo do templo, edificado

Por mãos duras de avós, em monumento

De uma herança de fé, que nos legaram,

A nós seus netos, homens de alto esforço,

Que nos rimos da herança, e que insultamos

A cruz e o templo e a crença de outras eras;

Nós, homens fortes, servos de tyrannos,

Que sabemos tão bem rojar seus ferros

Sem nos queixar, menosprezando a Patria

E a liberdade, e o combater por ella.


Eu não!—eu rujo escravo; eu creio e espero

No Deus das almas generosas, puras,

E os despotas maldigo.—Entendimento

Bronco, lançado em seculo fundido

Na servidão de goso ataviada,

Creio que Deus é Deus e os homens livres!

Poesias

Подняться наверх