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VII.

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Anoiteceu.—Nos claustros resoando

As pisadas dos monges ouço: eis entram;

Eis se curvaram para o chão, beijando

O pavimento, a pedra. Oh sim, beijae-a!

Igual vos cubrirá a cinza um dia,

Talvez em breve—e a mim. Consolo ao morto

É a pedra do tumulo. Sê-lo-hia

Mais, se do justo só a herança fòra;

Mas tambem ao malvado é dada a campa.


E o criminoso dormirá quieto

Entre os bons sotterrado?—Oh não! Em quanto

No templo ondeiam silenciosas turbas,

Exultarão do abysmo os moradores,

Vendo o hypocrita vil, mais impio que elles,

Que escarnece do Eterno, e a si se engana;

Vendo o que julga que orações apagam

Vicios e crimes, e o motejo e o riso

Dado em resposta ás lagrymas do pobre;

Vendo os que nunca ao infeliz disseram

De consolo palavra ou de esperança.

Sim:—malvados tambem hão-de pisar-lhes

Os frios restos que separa a terra,

Um punhado de terra, a qual os ossos

Destes ha-de cubrir em tempo breve,

Como cubriu os seus; qual vai sumindo

No segredo da campa a humana raça.

Poesias

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