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VIII.

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Eis que a turba rareia. Ermam bem poucos

Do templo na amplidão: só lá no escuro

De afumada capella o justo as preces

Ergue pio ao Senhor, as preces puras

De um coração que espera, e não mentidas

De labios de impostor, que engana os homens

Com seu meneio hypocrita, calando

Na alma lodosa da blasphemia o grito.

Então exultarão os bons, e o í­mpio,

Que passou, tremerá. Emfim, de vivos,

Da voz, do respirar o som confuso

Vem confundir-se no ferver das praças,

E pela galilé só ruge o vento.


Em trévas não ficou silenciosas

O sagrado recincto: os candieiros,

No gelado ambiente ardendo a custo,

Espalham debeis raios, que reflectem

Das pedras pela alvura; o negro mocho,

Companheiro do morto, horrido pio

Solta lá da cornija: pelas fendas

Dos sepulchros deslisa fumo espesso;

Ondeia pela nave, e esvái-se. Longo

Suspirar não se ouviu?—Olhae! lá se erguem.

Sacudindo o sudario, em peso os mortos!


Mortos, quem vos chamou? O som da tuba

Ainda do Josaphat não fere os valles.

Dormí, dormí: deixae passar as eras...

Poesias

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