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2. UM POUCO DE MIM

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O meu nome é Ana Machado, neste capítulo conto-vos um pouco da minha história, que, no que diz respeito à saúde foi um pouco turbolenta… Bem, não só um pouco…

Contudo, aprendi muito sobre a vida e apesar das dificuldades inerentes e, parecendo estranho, foi gratificante, não pela dor, não pelas situações sofredoras que passava ou via, , mas pelo aprendizado, por ter aprendido a dar valor ao que realmente importa, pelas boas amizades, que se foram construindo, pelo amor com que fui acolhida, pelos momentos de convivio verdadeiro, junto dos meus “semelhantes”… Porque, infelizmente, a sociedade ainda não está preparada para acolher e tratar de uma criança que sofreu de cancro, como o faz com uma criança que não o teve.

Pois, foi assim que começou a minha história neste “mundo diferente”.

Era ainda uma criança de apenas 9 anos quando fui diagnosticada com um tumor cerebral (Meduloblastoma). Entretanto fui operada com sucesso e fiz rádio e quimioterapia.

Infelizmente fiquei com algumas sequelas, mas nada que, não tivesse reaprendido a viver.

Dezasseis anos mais tarde, aquilo que parecia mais improvável aconteceu… Aquela doença, que se julgou ser apenas uma doença,era mais que isso… era também um sintoma de uma doença genética chamada Síndrome de Turcot.

O síndrome de Turcot - Polipose adenomatosa familiar, é caracterizado pelo desenvolvimento de centenas a milhares de adenomas no reto e no cólon.

Tive que tirar o intestino grosso e parte do intestino delgado (contaminado também com pólipos).

Dois anos mais tarde, um pólipo entre o duodeno e o estômago desenvolveu-se demasiado rápido, evoluindo para um carcinoma.

Voltei a ser operada e retirei uma parte do estômago.

Os médicos planearam fazer quimioterapia por prevenção, mas após fazer alguns exames (um mês depois do último exame feito em internamento), detetaram metástases no meu fígado.

Naquela altura o meu prognóstico não era muito favorável, supostamente tinha no máximo cinco anos de vida. Fiz novamente quimioterapia, mas conjugada com imunoterapia.

Foi um grande choque, mas a vontade de viver superava tudo, por isso, decidi não cruzar os braços e pesquisar mais sobre a doença: de como nascem e se desenvolvem os tumores, alimentos a evitar, tipos de dieta podem ajudar prevenir, a eliminar ou estagnar um tumor ou qualquer outra doença, quis ter conhecimentos suficientes e saber que “armas” usar contra “ele”.

Aqui, descrevo o novo estilo de vida que adoptei, o tratamento médico aliado a uma boa alimentação, ao descanso, exercício físico e à fé em Deus.

O meu novo tipo de alimentação não tem um nome específico, pois passa pela adaptação de vários tipos dietas com alimentos saudáveis que consigo tolerar (depois de todas as intervenções cirúrgicas).

Três meses mais tarde, tive de parar com a Imunoterapia devido aos valores do fígado. Na altura fiquei muito triste, porque achava que esta recente terapia era uma mais valia no meu tratamento, visto que é uma terapia que estimula o Sistema Imunitário.

Nesse período já estava a fazer a minha nova alimentação e ,o que mais tarde vim a perceber foi, que essa nova alimentação, de certa forma, era a minha IMUNOTERAPIA.

Não desisto do Amanhã

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