Читать книгу Mentropia - Estêvão Soares - Страница 14

É natural que diante de um cenário de múltiplas escolhas, você fique travado e não saia do lugar. Se uma situação com 2 variáveis (caminhos) pode ser o suficiente para gerar insegurança, o que você acha que acontece quando você tem infinitas possibilidades diante de você? Exato, você trava. Eu travo. Nós já travamos inúmeras vezes. Isso considerando as situações que estão alinhadas com os seus valores e suas crenças.

Pense em um cenário onde, além de infinitas possibilidades, você precisa lidar com situações que não estão de acordo com o que você acredita. Fica mais difícil e, provavelmente, você ficará inquieto, incomodado e às vezes você nem percebe isso imediatamente, mas a fonte de desconforto está lá.

No caso da dissonância cognitiva, nós queremos garantir o máximo de acerto possível em cada uma das escolhas para evitar o arrependimento ou a comparação posterior. Ninguém quer errar. Como os fatores de comparação (e o acesso a eles) aumenta a cada dia, nós dedicamos muito mais tempo no processo decisório, mais do que nunca.

Depois de um bom tempo no mercado digital, quando olho e vejo a quantidade de vezes que eu fiquei parado no mesmo lugar, mas achando que estava fazendo algo e progredindo, é assustador, sério.

Avaliar opções não é progredir. Avaliar opções infinitas e não chegar a uma conclusão, é travar. E não está tudo bem, por isso defendo que é preciso simplificar e otimizar o tempo, para que a execução não seja prejudicada.

Além de lidar com as suas escolhas, geralmente você precisa lidar com os seus clientes e o público deles. Quando falamos de dissonância cognitiva no contexto de marketing, não podemos deixar de pensar no ato da compra.

As etapas que podem prejudicar ou auxiliar no processo de decisão e o que pode levar ao arrependimento. Muitas vezes, também é nosso papel trabalhar com essas questões, por isso também é importante ter um follow-up ou criar uma estratégia para acompanhar o pós-venda.