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GIZ NOS SAPATOS

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Stephan olhava para a porta enquanto Žofie apagava metade de uma demonstração matemática que cobria o quadro todo.

O seu professor, alarmado, disse: «Kurt…»

Um homem mais jovem que estava com eles assentiu, olhando para Žofie. Stephan sentia-se um pouco como o médico em Amok, a personagem de Zweig que se obceca tanto com uma mulher que não quer ir para a cama com ele que começa a persegui-la. No entanto, Stephan não estava a perseguir Žofie. Sugerira que fosse buscá-la à universidade, independentemente de ser verão e de não haver ninguém a ter aulas.

Žofie deixou cair o rascunho e, alheia ao giz que tinha no sapato, começou a encher novamente o quadro com símbolos. Stephan tirou um diário da mala e anotou: «Deixa cair giz no sapato e nem sequer se apercebe.»

Só depois de Žofie-Helene ter acabado a equação é que reparou na sua presença. Sorriu, tal como Hèlène em Amok quando sorri no meio da sala de baile com o seu vestido amarelo. Até o nome era parecido.

— Isto faz sentido? — perguntou Žofie ao homem mais velho. Depois, virou-se para o jovem. — Se não, posso explicar-lhe amanhã, professor Gödel.

Žofie entregou o giz a Gödel e foi ter com Stephan, agora alheia aos dois homens. O mais velho disse: «Extraordinário. E quantos anos diz que tem?» O outro, Gödel, respondeu: «Só tem quinze.»

O último comboio para a liberdade

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