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VI

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Depois do primeiro passeio ao Bom Jesus do Monte, Eduardo Valladares só a furto vira Maria Luiza ao declinar da tarde, durante nove dias.

Quando o sol inclinava para o occaso, sahia elle em direcção a Guadelupe. Ao passar na rua de Santo André, sempre os seus olhos se encontravam com os de Maria Luiza como por magnetismo. Seria um acaso? Quem diria a ella, da primeira vez, que elle ia passar? Amal-o-hia? Se o amava, se sentia que o ia amar, dizia-lhe uma voz interior que elle viria? Mas pareceu fital-o tranquilla, sem revelar um indicio de commoção... Não o amaria, zombaria de um sentimento celestialmente puro? Mas nem que o coração lhe estivesse adivinhando a hora a que elle viria! Nem um só dia deixaram de se ver...

Era a furto, é verdade; que o timido moço não sabia que impressões conservaria Maria Luiza do passeio ao Bom Jesus. Erguia o seu olhar para ella, e desviava-o subitamente...

Os versos, pensava elle, fôram pouco menos d’uma indiscreção. Quem lhe dera motivo para alimentar uma esperança? Ella, Maria Luiza? Que lhe dissera que deixasse entrever os primeiros clarões d’uma aurora? E todavia arriscara-se elle a escrever:

Idyllios á beira d'agua

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