Читать книгу Portugal e Brazil: emigração e colonisação - D. A. Gomes Pércheiro - Страница 19
VI
ОглавлениеMas não ficaram ainda aqui os encomios ao Estudo sobre a colonisação e emigração para o Brazil.
O nosso presadissimo amigo e distincto litterato, o sr. Theophilo Braga tambem diz que o livro Estudo, é uma necessidade!
O Jornal do Commercio de Lisboa, diz que, nós, os portuguezes nos devemos regosijar com o tal livro.
O «Jornal do Porto», folga de ver que o distincto escriptor não faz côro com alguns espiritos estreitos, que d'alem mar olham superciliosa e desdenhosamente para as nossas coisas, etc.
O Jornal da Manhã diz que o citado auctor prodigalisa elogios a Portugal.
O sr. Mendes Leal diz que é um excellente trabalho sobre a emigração.
O sr. Camillo Castello Branco tambem elogia a obra, o Commercio do Porto faz outro tanto.
A praça do Commercio do Porto, digna correligionaria da de Liverpool até aos annos de 1808, offerece uma penna de ouro ao escriptor que calca aos pés as nossas glorias e que induz o trabalhador inexperiente, convertido em escravo, a ir povoar os insalubres sertões de Brazil!
O auctor do Estudo dedica-lhe o livro e a Praça responde-lhe com o seguinte documento honroso:
«Nós abaixo assignados deliberamos, em nome dos commerciantes da Praça do Porto, offerecer ao sr. Augusto de Carvalho uma penna de ouro, como testemunho de sympathia pelo muito com que se nos recommenda o seu talento e exforços, tendentes a bem servir a causa da civilisação, em que cremos reservada para nós grande parte.
«Não só pelo individuo, pelo caracter, senão tambem pelos serviços que ha já prestado e continuará a prestar aos dous paizes irmãos—Portugal e Brazil—julgamos de nosso dever contribuir o mais possivel para que o sr. Augusto de Carvalho não affrouxe um instante na missão que se propôz—estreitar cada vez mais os laços que prendem portuguezes e brazileiros. E como o Brazil é quasi que exclusivamente commercial, para que ahi conste como costumamos, nós, interpretes do commercio do Porto, receber e affagar qualquer brazileiro que aqui aporte, e nos mereça a maxima consideração, já pelo seu caracter, já pelo seu talento, que não hostilise mas civilise, suppomos satisfazer d'este modo o velho sentimento de hospitalidade como portuguezes, e o dever em que nos constituiu o auctor do Estudo sobre a colonisação e emigração para o Brazil, de o animarmos a proseguir na santa idéa, no santo principio da maxima conciliação entre os dois povos.»
Outros escriptores e outros jornaes mostram opinião adversa ao livro; e de uns e outros ficamos fazendo a seguinte opinião:—os que elogiaram não leram o livro os que o atacaram, leram-o; porque não podemos admittir que os bons economistas e os bons patriotas possam elogiar o Estudo sobre colonisação e emigração para o Brazil.
Vamos demonstrar que fizemos o mesmo do que aquelles que condenaram o livro, dando provas de que o lemos, criticando-o.