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III ENLEVO

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Não brilha o sol,

Nem póde a lua

Brilhar na sua

Presença d'ella!..

Nenhuma estrella

Brilha deante

Da minha amante,

Da minha amada!


A madrugada

Quanto não perde!

O campo verde

Quanto esmorece!

Quanto parece

A voz da ave

Menos suave

Que a sua falla!


A flôr exhala

Menos perfume

Do que é costume

O seu cabello!

Que basta vêl-o,

Prende-se a gente!

Prende-se e sente

Gosto ineffavel!


Que riso affavel

Aquelle riso!

Que paraíso

Aquella bôca!

Penetra, toca,

Enche de inveja

Um ar que seja

Da sua graça!


Onde ella passa,

Onde ella chega,

Quem lhe não prega

Olhos avaros!

Ha dotes raros,

Rara doçura

N'aquella pura

Casta existencia!


Oh! que innocencia

Que ella respira!

A alma aspira

Não sei que aroma

Mal nos assoma

Ao longe aquella

Pallida estrella,

Que rege o mundo!...


Nunca do fundo

Do oceano

Foi braço humano

Colher tão linda

Perola ainda,

Como a formosa

Candida rosa

Que eu amo tanto!


Não sei de santo

Que ha no seu gesto!

No ar modesto

D'aquelle todo...

N'aquelle modo...

Que tudo esquece,

E nos parece

Estar no céo!

Ramo de Flores acompanhado de varias criticas das Flores do Campo

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