Читать книгу Ramo de Flores acompanhado de varias criticas das Flores do Campo - João de Deus - Страница 20

IX 11 DE MAIO

Оглавление

Índice de conteúdo

Se eu fosse nuvem tinha immensa magoa

Não te servindo d'azas maternaes

Que te podessem abrigar da agoa

Que chovesse das mais!


E sendo eu onda, tinha magoa summa

Não te podendo a ti, mulher, levar

De praia em praia, sobre a alva espuma.

Sem nunca te molhar!


E sendo aragem, eu, que pela face

Te roçasse de rijo, alguma vez

Que o Senhor com mais força respirasse,

Que magoa immensa... Vês!


E a luz do teu olhar que me não lusa

Um rapido momento, a mim, sequer,

Como a aguia no ar... que passa e cruza

A terra sem n'a vêr!


Mas que me importa a mim! Se me esmagasses

Um dia aos pés o coração a mim,

As vozes que lhe ouviras se escutasses,

Era o teu nome... Sim!


O teu nome gemido docemente

Com toda a fé d'um martyr em Jesus,

Se acaso já em Christo pôz um crente

A fé que eu em ti puz!


A fé, mais o amor! Porque elle expira

Sem que a ninguem lhe estale o coração,

E eu, se essa cruz dos olhos me fugira,

Sobrevivia? Não!


Assim como em ti vivo, morreria

Tambem comtigo, se uma vez (que horror!)

Te visse pôr, oh sol!... sol do meu dia!

Astro do meu amor!

Ramo de Flores acompanhado de varias criticas das Flores do Campo

Подняться наверх