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VII MELANCOLIA

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Oh dôce luz! oh lua!

Que luz suave a tua,

E como se insinua

Em alma que fluctua

De engano em desengano!

Oh creação sublime!

A tua luz reprime

As tentações do crime,

E á dôr que nos opprime

Abres-lhe um oceano!


É esse céo um lago,

E tu, reflexo vago

D'um sol, como o que eu trago

No seio, onde o afago,

No seio, onde o aperto?

Oh luz orphã do dia!

Que mystica harmonia

Ha n'essa luz tão fria,

E a sombra que me guia

N'este areal deserto!


Embora as nuvens trajem

De dia outra roupagem,

O sol, de que és imagem,

Não tem essa linguagem

Que encanta, que namora!

Fita-te a gente, estuda,

(Sem mêdo que se illuda)

Essa linguagem muda...

O teu olhar ajuda...

E a gente sente e chora!


Ah! sempre que descrevas

A orbita que levas,

Confia-me o que escrevas

De quanto vês nas trevas,

Que a luz do sol encobre!

As victimas, que escutas,

De traças mais astutas

Que as d'essas féras brutas...

E as lastimas, as luctas

Da orphã e do pobre!

Ramo de Flores acompanhado de varias criticas das Flores do Campo

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