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V ESPERA!

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Uivaria de amor a féra bruta

Que pela grenha te sentisse a mão!

E eu não sou féra, pomba! Espera! Escuta!

Eu tenho coração!


Não é mais preto o ébano que as tranças

Que adornam o teu collo seductor!

Ai não me fujas, pomba! que me canças!

Não fujas, meu amor!


A mim nasceu-me o sol, rompeu-me o dia

Da noite escura d'olhos taes, mulher!

Não me apagues a luz que me alumia

Senão quando eu morrer!


Eu não te peço a ti que as mãos de neve,

Os dedos afusados d'essas mãos,

Me toquem estas minhas nem de leve...

Seriam rogos vãos!


Não te peço que os labios nacarados

Me deixem esses dentes alvejar,

Trocando, n'um sorriso, os meus cuidados

Em extasis sem par!


Mas uivando de amor a bruta féra

Que pela grenha te sentisse a mão,

Eu não sou féra, pomba! escuta, espera!

Eu tenho coração!

Ramo de Flores acompanhado de varias criticas das Flores do Campo

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