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Cinco

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Com um brilho de esperança nos olhos, Gabriella virou-se para o capataz, que enrubesceu e baixou o olhar para o piso de pedra; depois, para o cavaleiro, que, de repente, parecera encontrar na mesa um objecto de fascinação; e, finalmente, para o lenhador, que não conseguiu disfarçar o embaraço.

– Milady! Eu... não tenho dinheiro, como bem sabe, e... – balbuciou ele.

Com uma súbita e terrível consciência, Gabriella compreendeu que eles não a ajudariam; apesar de tudo o que o seu pai fizera por eles e pelas suas famílias; depois de toda a preocupação e atenção que ela lhes dedicara, eles não pretendiam ajudá-la!

Gabriella olhou para o rosto inescrutável do barão, e depois para as grandes mãos, calejadas pelo uso de armas de guerra, mãos que a tinham segurado com tanta delicadeza... Seria possível que William e os outros não percebessem a sua situação? Seria possível que não fossem capazes de arranjar o dinheiro, de alguma forma?

– Existe uma outra maneira – disse o barão, sem o menor indício de emoção na voz gutural. – Talvez um de vocês esteja disposto a tê-la como esposa. Nessas circunstâncias, disponho-me a perdoar a dívida. E Gabriella poderá continuar a viver no povoado, o que parece ser o seu maior desejo.

– O quê? – Gabriella olhou para ele, indignada.

– Milorde! – exclamou Chalfront, aparecendo imediatamente ao umbral da porta, como se tivesse ficado ali a ouvir, o tempo todo. – Milorde! Eu caso-me com Gabriella!

Para Gabriella, ser oferecida daquela maneira, como se fosse uma mercadoria em promoção, era uma afronta inadmissível.

– Eu prefiro morrer! – revidou, contendo-se para não sair a correr do solário apenas para não dar ao barão a satisfação de pensar que a humilhara outra vez.

– Gabriella! – protestou Chalfront, estendendo as mãos num gesto de súplica.

O barão ergueu uma mão para o silenciar, com os olhos levemente sorridentes.

– Parece, Chalfront, que esta jovem prefere ser minha criada.

Ele colocou uma ligeira ênfase na palavra «minha», o que fez com que Gabriella se virasse para ele com o olhar fulminante. O que é que Etienne DeGuerre estava a pensar? Que ela faria o que Josephine de Chaney fizera? Por isso, deixara-a sair ilesa do seu quarto, apenas para continuar a provocá-la, convicto de que ela acabaria por se submeter? Nunca!

– Mais alguém? – perguntou o barão, enfurecendo Gabriella ao máximo. Ele falava como se ela estivesse a ser leiloada pela oferta mais alta. – Bem, já que ninguém a quer como esposa...

– Não há aqui ninguém que eu escolhesse!

– Tu terás de permanecer como serva neste castelo até que a dívida da tua família seja paga – continuou o barão, como se a opinião dela de nada valesse. – Agora, podes ir, Gabriella.

Ela enfrentou, durante um momento, o olhar do barão, depois olhou para Osric, hesitante. Talvez, se ameaçasse contar ao barão o que sabia sobre as actividades ilegais de Osric, este encontrasse uma forma de arranjar o dinheiro. Em seguida, porém, ela lembrou-se das penas que eram aplicadas aos invasores de terras e decidiu ficar calada; não queria conquistar a sua liberdade às custas dos dedos ou dos olhos de um homem.

Ignorando Gabriella, Etienne DeGuerre virou-se para o capataz.

– William, é um direito teu recusares-te a jurar lealdade a mim, desde que te prontifiques a deixar a minha propriedade para tentares a sorte em algum outro lugar. O que é que desejas fazer?

O capataz tornou a ajoelhar-se e, com o olhar fixo no chão, declarou:

– Eu juro ser leal ao barão DeGuerre.

Etienne olhou friamente para os outros dois homens, enquanto Gabriella se dirigia vagarosamente para a porta, com o coração apertado pela angústia e pelo desapontamento, embora ainda com uma ténue esperança de que um deles mudasse de ideias.

– E eu, milorde – disse o cavaleiro. – Juro o mesmo.

– Milorde, eu juro o mesmo – disse por último o lenhador.

– Foi o que eu imaginei que vocês fariam – respondeu o barão DeGuerre, enquanto Gabriella saía do solário. – Podem comunicar aos arrendatários que, a partir de amanhã, as rendas vão ser mais caras.

– Bem, agora já sabes que isto não pode ser lavado com sabão – disse Josephine de Chaney a Gabriella, alguns dias depois, segurando uma fina écharpe de seda de um tom muito claro de azul. O seu tom de voz era gentil, enquanto indicava uma sobrecapa bordada com brocado. – Nem isto. E este vestido jamais poderá ser torcido.

Josephine apontou para um belíssimo traje de veludo estendido sobre a cama nova, uma pesada peça de carvalho escurecido pelo tempo, com o mais espesso colchão de plumas que Gabriella já vira. Ela deduziu que a colcha ricamente bordada fosse obra da própria Josephine. Havia também várias almofadas coloridas, graciosamente dispostas sobre a cabeceira da cama. Gabriella pensou que aquele tipo de decoração seria mais adequado a um harém de um potentado oriental do que a um quarto de um lorde normando. Até mesmo o seu pai teria considerado aquilo uma extravagância.

O piso de mármore fora coberto com espessos tapetes de lã, em tons de vermelho, verde, azul e roxo. Outras peças de mobília tinham sido descarregadas das carroças, incluindo uma cadeira estreita e delicada que Josephine colocara diante da penteadeira, e um enorme castiçal, com vários suportes.

Gabriella perguntou-se se o dinheiro que ela devia ao barão, diariamente recolhido por Chalfront, estaria a ser usado para acrescentar uma almofada, ou um item de luxo ao quarto do casal. O barão quase duplicara as rendas, e enviara os seus soldados para forçar o pagamento. Ao saber disto, Gabriella perdoara intimamente William e os outros pela reacção à sugestão do barão de que pagassem a sua dívida. Na ocasião, ela ficara desolada, mas o barão era um homem nobre e intimidador, e eles não passavam de camponeses. Se não a ajudavam, certamente era porque não se atreviam. Ela não devia ter ficado magoada.

Além do mais, o barão fizera a pergunta antes de eles terem qualquer ideia de qual seria o aumento da renda e, mais tarde, quando a quantia fora anunciada, Gabriella sentira que não seria justo culpá-los; ela preferia continuar a ser serva do que ver aquelas famílias a empobrecerem ainda mais.

– Entendo, milady – murmurou Gabriella, com uma expressão séria, ao perceber que Josephine aguardava uma resposta.

Josephine sentou-se na cadeira e contemplou o próprio reflexo ao espelho, ajeitando as dobras do seu magnífico vestido verde-escuro, de lã macia, com debrum dourado no decote e nos punhos. À cintura, ela usava um cinto de aros dourados, e ao pescoço uma corrente, também de ouro, com um pingente de esmeralda.

Instintivamente, Gabriella evitou olhar para o espelho; não precisava da evidência visual para saber que não podia comparar-se a Josephine de Chaney.

– Eu sei que não está a ser fácil para ti, Gabriella.

– Não, milady – respondeu ela, contrafeita. Não tinha vontade nenhuma de discutir a sua situação com quem quer que fosse, e muito menos com uma mulher como Josephine de Chaney, que usara o próprio corpo para alcançar prosperidade.

– Não sou tua inimiga, Gabriella – disse Josephine, com tanta ternura que Gabriella imediatamente sentiu remorso. – Na verdade, sei como te sentes, porque já passei por situação semelhante.

– O barão DeGuerre disse-me.

Josephine virou-se para Gabriella, perplexa.

– Ele disse-te? Quando?

– Na... No dia em que chegaram, milady – respondeu Gabriella, tentando, em vão, não enrubescer. A lembrança dos momentos que passara sozinha com o barão tornava-se nítida demais, naquele quarto.

– Quando estavam aqui, sozinhos? – Josephine arqueou as sobrancelhas. – Vocês falaram sobre mim?

– Sim, milady.

Josephine inclinou-se para a frente, com uma expressão de curiosidade no rosto.

– O que é que Etienne disse sobre mim?

– Ele disse que milady veio de uma família que perdeu todos os seus bens. E que eu devia seguir o seu exemplo. Quando eu disse que preferia mo... não fazer isso, ele disse que eu não devia fazer julgamentos precipitados, pois eu não conhecia as circunstâncias.

– A sério? Etienne disse isso? – Josephine desmanchou-se num sorriso que exibia dentes brancos e perfeitos.

– Sim, milady.

Josephine recostou-se na almofada macia que protegia o encosto da cadeira, com uma expressão pensativa.

– Ele disse a verdade sobre o meu passado, Gabriella. O meu pai perdeu todo o dinheiro que tinha em bebidas, e quando ele morreu, fiquei sozinha. Tive de encontrar um rumo para a vida, e a primeira coisa que fiz foi procurar uma pessoa forte, que me protegesse. – Ela olhou atentamente para Gabriella. – Existem destinos piores, como tu já deves ter percebido. Diz-me, agora que sabes o que é ser uma serva, não te sentes tentada a fazer o mesmo que eu fiz?

– Conforme disse ao barão, milady, eu não seria capaz.

Josephine ajustou um dos punhos do vestido e sorriu.

– Tu és uma mulher de princípios, não és? – Rapidamente, porém, o sorriso esmoreceu. – A tua censura não me afecta, Gabriella. Fiz a minha escolha, e não me arrependo, assim como tu não te arrependes da escolha que fizeste. Por enquanto. Daqui a alguns meses voltarei a perguntar-te o que pensas da experiência de ser aia. Talvez chegues à conclusão de que é bem mais agradável ser servida do que servir.

– Se eu estivesse à procura de coisas agradáveis, teria aceitado o dinheiro do barão e ido para um convento.

O som melodioso do riso de Josephine de Chaney preencheu o aposento.

– Pois acho que esse seria o lugar mais desagradável de todos. Sem homens?! – A expressão da cortesã tornou-se novamente pensativa. – Não há ninguém que te possa tirar daqui e ajudar-te? Nenhum parente, ou pretendente?

– Se o meu irmão soubesse o que está a acontecer, viria imediatamente.

– Ah, sim, o teu irmão... Tu não tens ideia nenhuma de onde é que ele se encontra?

Gabriella balançou a cabeça.

– Que pena – Josephine estudou Gabriella da cabeça aos pés. – Tu és uma jovem interessante. É difícil acreditar que não tenhas um namorado.

– Não tenho, milady.

– Nem Chalfront? – perguntou Josephine, com um olhar maroto.

– Nunca!

– Confesso que concordo contigo, nesse ponto. Ele não é o tipo de homem capaz de fazer palpitar o coração de uma mulher.

– Não pretendo casar-me com ninguém, milady.

Josephine arqueou as sobrancelhas como se tivesse dúvidas, e suspirou.

– Bem... preciso de descer para o salão. Sir George deve lá estar, e ele é um jovem elegante e divertido. Far-me-á companhia enquanto Etienne anda por aí a tentar descobrir se há algum arrendatário a tentar enganá-lo. Espero que não, pois pobre daquele que se atrever! Por favor, arruma o quarto, Gabriella, e depois estarás livre até à hora do jantar.

– Obrigada, milady – murmurou Gabriella, enquanto Josephine saía do quarto.

Gabriella começou a dobrar o pesado vestido de veludo, com movimentos bruscos. O que é que Josephine de Chaney pensava, que ela precisava da sua compaixão? Ela amassou entre os dedos das duas mãos a écharpe azul e mandou-a com força sobre a cama, num gesto furioso. Depois deixou escapar uma exclamação sufocada, ao ver a seda toda amarrotada. Esticou a écharpe e alisou-a delicadamente, reflectindo que não fazia sentido descarregar a sua raiva num pedaço de tecido, principalmente num tão precioso como aquele.

Sem largar a écharpe, Gabriella caminhou até à penteadeira. Com Josephine ausente, podia olhar à vontade para o espelho. Gabriella surpreendeu-se ao ver que a sua aparência era melhor do que imaginara; a pele do rosto estava um pouco bronzeada do sol, mas não demais; os cabelos estavam levemente despenteados, e depois de um rápido olhar para a porta, ela pegou numa escova e passou-a pelos cachos ondulados. O seu rosto parecia um pouco mais magro, mas não lhe ficava mal; ao contrário, realçava-lhe os olhos, que eram o seu traço mais favorável.

Sentindo a fragrância dos perfumes, Gabriella pegou num dos frascos de cristal; fechou os olhos e inalou o doce e suave perfume a rosas. Depois recolocou-o no lugar e, com outro olhar furtivo em direcção à porta, cobriu a cabeça com a écharpe.

Até certo ponto, compreendia a escolha de Josephine; não era fácil abster-se do luxo e do conforto. Ela, pelo menos, ainda tinha esperança de que Bryce voltasse para a amparar; Josephine ficara completamente sozinha. E encontrara um grande amigo no barão DeGuerre.

O qual, por acaso, a observava, parado sob o umbral da porta, percebeu Gabriella ao olhar para o espelho. Ela tirou a écharpe da cabeça, com uma exclamação de susto, e virou-se para contemplá-lo.

– Este quarto está em completa desordem – murmurou o barão, entrando, quase como se falasse para si mesmo.

– Sim, milorde... Eu estava a arrumá-lo – Gabriella engoliu em seco, indecisa sobre o que fazer. Havia roupas de Josephine espalhadas por toda parte, mas o seu último desejo era ficar naquele quarto sozinha com o barão DeGuerre.

– Pois continua.

Gabriella assentiu, em silêncio, e começou a recolher as roupas, apressada e desajeitadamente, cada vez mais consciente da presença constrangedora do barão, de pé no centro do aposento.

– Quer dizer então que Chalfront te quer como esposa – exclamou ele. – A tua recusa foi... inequívoca, eu diria, não achas?

– Uma das últimas coisas que o meu irmão me disse, antes de se ir embora, foi que eu não confiasse em Robert – disse ela, enquanto arrumava os frascos de perfume sobre a penteadeira, deixando cair um deles e recolocando-o de pé, em seguida.

– E tu acreditaste no teu irmão?

– Claro – respondeu Gabriella, sem hesitar. – O que aconteceu depois de o meu pai morrer prova que Bryce tinha razão. Se Robert fosse um meirinho competente e honesto, eu não estaria endividada neste momento.

Ela dobrou a écharpe e foi guardá-la no baú, tentando manter a maior distância possível do barão.

– Mas antes disso, tu tinhas algum motivo para desconfiar dele? – insistiu Etienne, sem alterar o tom brando de voz. Ele deu alguns passos na direcção de Gabriella, que se afastou, apressada, para pegar num vestido que estava sobre a tampa de outro baú. – É do meu entendimento que o teu irmão não gostava de Chalfront porque o meirinho costumava advertir o teu pai para que não lhe desse quantias de dinheiro tão exorbitantes.

Gabriella passou a dobrar o vestido com movimentos mais lentos.

– Na fase final da enfermidade, o meu pai falava continuamente sobre algo que não estava certo – explicou, sem olhar para o barão. – E quase sempre mencionava o nome de Robert. Quando a situação financeira do meu pai se tornou conhecida, ficou claro para mim que tanto ele quanto Bryce tinham razão em desconfiar de Robert.

– E, no entanto, ele insiste em dizer que tentou prevenir o teu pai – A voz baixa e gutural do barão soou perto do ouvido de Gabriella, mas ela continuou a dobrar o vestido, como se a proximidade dele não a perturbasse. – Ele chega a afirmar que ofereceu dinheiro ao teu pai.

Gabriella não respondeu. No fundo, não queria acreditar em Robert Chalfront. Reconhecia, contudo, que o pai fora um homem demasiadamente generoso, que apreciava o luxo, e a quem talvez tivesse faltado bom senso.

– O meu procurador não encontrou qualquer sinal de falsificação nos registos da contabilidade. Por outro lado, reconheço que não seria difícil para um meirinho esconder esse tipo de crime. Farei questão que Jean Luc examine tudo outra vez, minuciosamente.

Gabriella assentiu e mordeu o lábio inferior, e Etienne sentiu-se comovido com aquela súbita fragilidade, que contrastava com a força que ela normalmente demonstrava. Naquele momento, o desejo de Etienne era de abraçá-la e confortá-la.

A sensação era tão inédita que, de repente, ele sentiu-se sozinho e desamparado, como se sentira anos antes, quando participara do seu primeiro torneio, numa época em que ainda era um jovem inexperiente, ao mesmo tempo assustado e deslumbrado com o mundo dos homens e das armas.

Na ocasião, no entanto, ele não deixara que as suas emoções transparecessem, e agora também não o deixaria.

– Se Jean Luc descobrir que Chalfront está a dizer a verdade, tu deves-lhe um pedido de desculpas.

– Sim, milorde – assentiu Gabriella, secamente. – Se for preciso pedir desculpas, eu pedirei.

– Se for para pedires com essa falta de graciosidade, será melhor não o fazeres.

– Com licença, milorde... preciso de ir trabalhar – murmurou Gabriella, séria, enfrentando o olhar do barão.

Ela virou-se para continuar a guardar as roupas de Josephine, mas ficou imóvel quando a voz do barão reverberou atrás dela.

– Gabriella... eu lamento o que aconteceu no solário, com o capataz e os outros homens.

Ela virou-se novamente e surpreendeu-se ao detectar ternura nos olhos azuis, normalmente frios. Desejou que ele a mandasse embora do quarto; ou que ele saísse; ou que Josephine entrasse. Qualquer coisa era preferível do que ficar sozinha com ele, consciente do torpor que lhe roubava a flexibilidade dos membros, do ritmo acelerado do seu coração, do inegável desejo que florescia dentro do seu ser.

– Não é fácil perder a inocência... a ingenuidade – prosseguiu Etienne. – Mas, infelizmente, o mundo é um lugar ingrato, e todos temos de aprender a lição. Estamos sozinhos no mundo, Gabriella, e não podemos contar com a ajuda de ninguém.

– Eu... tenho o meu irmão! – protestou Gabriella, debilmente.

– Que não aparece, e não pode ser encontrado. E todos aqueles camponeses, que tu tanto relutas em abandonar, não te ajudarão.

– Eles ajudar-me-iam! Se eu estivesse realmente em perigo, eles...

– Salvariam a própria pele, primeiro. O mundo é assim, Gabriella, e tu precisas de saber disso.

Ela balançou a cabeça.

– Eu não acredito.

– Então, terás muitas decepções na vida – A voz do barão não passava de um sussurro. – Eu poupar-te-ia desse sofrimento, Gabriella. Eu ajudar-te-ia...

Subitamente, Gabriella visualizou-se a si mesma nos braços de Etienne DeGuerre, a beijá-lo, a acariciá-lo e a ser acariciada. Deitada na cama com ele, a fazer amor... no lugar de Josephine!

Ela engoliu em seco e deu um passo para trás, horrorizada com a própria reacção. Aquele homem ocupara o seu lar, fizera dela a sua serva... e ela ainda tinha aquele tipo de pensamento?!

Gabriella abriu a boca para dizer ao barão que não queria a ajuda dele, mas as palavras não saíram, pois ele enlaçou-a com os braços musculosos e puxou-a para junto de si. Ela não se atreveu a olhar para ele nos olhos; contemplou a boca máscula e sensual, a poucos centímetros da sua, e ia baixar o rosto quando Etienne se inclinou e lhe capturou os lábios.

De repente, nada mais parecia ter importância; quem ele era, o que fizera, por que é que estava ali; a única coisa que importava era a sensação dos lábios dele sobre os seus e a indescritível emoção que tomou conta de todo o seu ser.

Batalha de amor - Uma dama para o cavaleiro

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