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XXII.

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Choro piedoso, o choro consagrado

Ás desditas dos seus. Honra ao propheta!

Oh margens do Jordão, paiz formoso

Que fostes e não sois, tambem suspiro

Condoído vos dou.—Assim fenecem

Imperios, reinos, solidões tornados!...

Não:—nenhum deste modo: o peregrino

Pára em Palmyra e pensa. O braço do homem

A sacudiu á terra, e fez dormissem

O seu ultimo somno os filhos della—

E elle o veio dormir pouco mais longe...

Mas se chega a Sião treme, enxergando

Seus lacerados restos. Pelas pedras,

Aqui e alli dispersas, ainda escripta

Parece ver-se uma inscripção de agouros,

Bem como aquella que aterrou um í­mpio

Quando, no meio de ruidosa festa,

Blasphemava dos céus, e mão ignota

O dia extremo lhe apontou dos crimes.

A maldicção do Eterno está vibrada

Sobre Jerusalem!—Quanto é terri­vel

A vingança de Deus! O Israelita,

Sem patria e sem abrigo, vagabundo,

Ódio dos homens, neste mundo arrasta

Uma existencia mais cruel que a morte,

E que vem terminar a morte e inferno.

Desgraçada nação!—Aquelle solo

Onde manava o mel, onde o carvalho,

O cedro e a palma o verde ou claro ou torvo,

Tão grato á vista, em bosques misturavam;

Onde o lyrio e a cecem nos prados tinham

Crescimento espontaneo entre as roseiras,

Hoje, campo de lagrymas, só cria

Humilde musgo de escalvados cerros.

Poesias

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