Читать книгу Poesias - Alexandre Herculano - Страница 39

XXVII.

Оглавление

Calou tudo no templo: o céu é puro,

A tempestade ameaçadora dorme.

No espaço immenso os astros scintillantes

O Rei da creação louvam com hymnos,

Não ouvidos por nós nas profundezas

Do nosso abysmo. E aos cantos do Universo,

Ante milhões de estrellas, que recamam

O firmamento, ajunctará seu canto

Mesquinho trovador?—Que vale uma harpa

Mortal no meio da harmonia etherea,

No concerto da noite? Oh, no silencio,

Eu pequenino verme irei sentar-me

Aos pés da Cruz nas trévas do meu nada.

Assim se apaga a lampada nocturna

Ao despontar do sol o alvor primeiro:

Por entre a escuridão deu claridade;

Mas do dia ao nascer, que já rutíla,

As torrentes de luz vertendo ao longe,

Da lampada o clarão sumiu-se, inutil,

Nesse fulgido mar, que inunda a terra.



Poesias

Подняться наверх