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O TEMPO

Tempo: é a certeza do movimento, tal qual motor imponente, suficiente e gigante. Tempo, propulsor da história, que cria, desfaz, refaz e recria tudo aquilo com ou sem vida. É um engenheiro das formas, um compositor de notas, promotor das normas, artesão de obras, arquiteto de artes.

Vigilante e presente na criação, escultor de futuro e historiador de passado. Tamanho o seu poder e constante o seu reinado, que de tanto perdoar, condenar e salvar, sagrou-se um braço de Deus. O Tempo urge em silêncio, moldando fantasma, que de todo o ausente esculpido, surge em forma multidefinida, que em quão jovem, por toda a vida, traz ao presente e, bem vivo, o vulto do passado.

O Tempo que oferece, recolhe e devolve a matéria, ora inacabada, em ações contínuas, nunca paira, se sucede em ciclo perene de morte ou vida, sempre em metamorfose, em guerra está guardando em si, o guerreiro na batalha e o mediador da paz. Magnífico e uno, senhor Tempo. É a certeza da vida e da morte, de colher, recolher e doar, em toda e qualquer situação. O Tempo é mais que obra da natureza. Não é fantasma, pois surge. Não é omisso, pois aparece. Soberano e senhor é o tempo, Deus pai de toda criação. “Nestor Cobiniano, O Paraipoeta”

Tempo, o ancião recontando a história

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