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XII

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Desde algum tempo que Thadeu andava inquieto.

Com o seu faro finissimo de rafeiro fiel presentia no ar um perigo desconhecido, alguma cousa de mysterioso e de sinistro, que ouvia rugir ao longe como no fundo de uma voragem.

Na apparencia todos viviam tranquillos:

Henrique sempre bom, sério, pensativo, de uma indulgencia de forte, de uma doçura de heroe.

Margarida sempre buliçosa, inquieta, cheia de desejos infantis, de caprichos, de alegrias ruidosas ou de melancolias subitas que ás vezes no silencio da sala fôfa e discreta pareciam a Thadeu um grito de alarme na monotonia do deserto.

As criancinhas... sempre os seus mais dôces amores, aquelles de que jámais lhe proviera uma amargura.

Quando Thadeu pensava que podia uma fatalidade qualquer separal-o dos seus dous anjos, desatava a chorar como um perdido na solidão do seu quarto.

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